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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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domingo, 12 de agosto de 2012

Equideocultura - Quando os cavalos "aprontam"

Entre os cavaleiros do Hipismo dito "clássico" é voz corrente a afirmação de que somos nós, os humanos, que erramos.
Não posso concordar com tal assertiva, porquanto, se fosse assim, não precisaríamos dar treinamento a eles, me parece.
É certo que boa parte dos cavaleiros e cavaleiras (não é errado dizer cavaleira, ao invés de amazona, embora este último termo tenha sido generalizado) que aparecem no vídeo são visivelmente inexperientes e que os animais, sentindo tal característica, aproveitaram-se para defenestrá-los dos seus lombos, provavelmente em protesto pela postura e comandos errados a eles dados.
Mas, nem todos os cavalos são inocentes e dóceis, ou estão dispostos a suportar, em certos dias, os erros humanos. Muitos animais se rebelam e resolvem "aprontar", principalmente quando sentem a insegurança de quem os está montando.
Há ainda equideos "bipolares", isto é, que se comportam de uma forma (dócil e obediente) em certos dias e de outra (intolerante e até agressiva) em outros dias. Já montei animais que, quando de "bom humor" caprichavam nos saltos e não derrubavam nenhuma vara, mas que, noutros, pareciam fazer questão de "demolir" todos os obstáculos, mesmo que isto lhes custasse dores nos joelhos,  canelas ou cascos.
Imagino que existam, também, tal qual entre os humanos, animais de pouca inteligência, com dificuldades para calcular os pontos ideais de "batida" (decolagem) para o salto ou assimilar os comandos recebidos, além de outros "distraídos", que não dão a devida importância aos que se lhes manda fazer. Nunca ouvi falar de algum cavaleiro - mesmo entre os profissionais - que se preocupasse em verificar a visão do animal que monta. Penso que  devam existir animais "tropicões" por deficiência de visão.
Devemos lembrar-nos, ainda, que em algumas modalidades de competições (como no Concurso Completo de Equitação), os conjuntos se expõem a severas condições, enfrentando obstáculos "cabeludos" (etapa do cross country).

O fascinante, em qualquer circunstância, na equitação, é que se "usa" um "equipamento" que tem vontade própria e, não raro, resolve livrar-se de nós. Noutras ocasiões podemos presenciar cavalos tão "caprichosos" que, ao saltarem um obstáculo e sentirem que irão tocar a vara, chegam a se torcer, no afã de evitar que os cascos posteriores cometam o "erro".

Vejam a coletânea de "refugos", "bufos", "corcovos", "derrubes" e outras espécies de traquinagens dos animais e depois diga se você concorda, ou não, comigo. Notem que, na maioria dos tombo, os ginetes tendem a se segurar naquilo que tem nas mãos, ou seja, nas rédeas e isto seria um grande problema para os animais, se não fossem usadas embocaduras (palavra com que designa o gênero de freios) ditas leves, isto é, de pouca ou nenhuma ação sobre as "barras" (gengivas) dos animais:


















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