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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Morte de inocentes em ações policiais é realidade nas favelas


Caso da menina Yasmin, de 6 anos, lembra outros recentes, como o do menino Juan







Vizinhos da menina Yasmin vivem clima de insegurançaPABLO JACOB / O GLOBO


RIO - A morte de inocentes durante ações da polícia em favelas do Rio não é novidade. A última vítima foi a menina Yasmin de Moura Camilo, de 6 anos, moradora de Guadalupe, na Zona Norte do Rio. Ela foi atingida por um tiro na nuca enquanto brincava na rua na noite deste domingo. Moradores da comunidade Terra Nostra acusam a polícia de entrar atrirando, mas a PM nega. Em nota, a polícia diz que foi checar uma denúncia e, ao chegar no local, foi recebida a tiros. No entanto, os policiais não revidaram, ainda segundo a nota. As armas dos policiais que estavam na localidade serão periciadas.

A morte da menina Yasmin foi a segunda ocorrida em uma favela da cidade em 48 horas. Na sexta-feira, Elizeu Santos Trigueiro da Silva , de 15 anos, foi morto durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Favela do Arará, em Benfica. Os pais do adolescente pretendem processar o Estado. O corpo de Elizeu foi enterrado neste domingo, no Cemitério do Caju. A Polícia Militar abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da operação. A PM diz que o jovem foi encontrado ferido numa das vielas da comunidade, mas parentes dizem que ele foi baleado pelos policiais.

Em 27 de julho deste ano, uma menina de 11 anos morreu após ser baleada durante uma operação também do Bope na Favela da Quitanda, em Costa Barros. Bruna da Silva Ribeiro atravessava à tarde a Rua Isaac Zadma quando foi atingida por um tiro na barriga. A menina foi levada por policiais num veículo blindado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros, e de lá foi transferida para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Após passar por cirurgia de quatro horas, Bruna não resistiu e morreu.

No fim de junho, Taiane Medeiros Resende, de 20 anos, foi morta por uma bala perdida na esquina das ruas Engenheiro Paula Lopes e Vitória, nas proximidades da Favela do 48, na localidade do Rio da Prata, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Moradores do local informaram que a jovem morreu durante um confronto entre policiais militares e bandidos daquela comunidade.

A morte de Taiane aconteceu dois dias depois de uma mulher de 19 anos ter sido morta após ser atingida por uma bala perdida dentro de casa, no Morro do Chapadão, na Pavuna, Zona Norte do Rio. Rosiléia de Oliveira da Silva estava com a filha Cauane da Silva, de 1 ano e 6 meses, no colo. A criança também se feriu. Rosiléia chegou a ser levada para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas já chegou morta ao local. Depois de mãe e filha serem baleadas, moradores fizeram um protesto pedindo “justiça e paz” para a comunidade.

Em junho do ano passado, a morte do menino Juan chocou o país. Cinco dias após completar 11 anos, Juan de Moraes sumiu durante um confronto entre policiais do 20º BPM (Mesquita) e traficantes na comunidade de Danon, em Nova Iguaçu. Os pais do menino acusaram a polícia de ter desaparecido com o corpo. O cadáver só foi encontrado no dia 17 de agosto de 2011 em um córrego de Belford Roxo. Exames de DNA confirmaram que o corpo era mesmo de Juan. Quatro policiais militares foram acusados de matar o menino. O Tribunal de Justiça do Rio decidiu, em julho deste ano, que todos irão a júri popular. A decisão do juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, ainda manteve a prisão preventiva dos réus, que estão presos desde o fim de julho de 2011.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/

Um comentário:

Anônimo disse...

A policia está matando inocentes porque sabe que o seu superior vai dar entrevista dizendo que o policial que airou e matou a criança ou o inocente estava agindo em legitima defesa e que vai abrir inquérito policial para apurar(nos sabemos que estes inquéritos é para enganar bobo, ninguém acredita) as tais UPP significa Unidade de Policia Pobre.