Um estudo recente do Governo norte-americano aponta o sumo da melancia como um possível biocombustível no futuro. A ideia é aproveitar as melancias que não são comercializadas e, através dos compostos açucarados do seu sumo, produzir etanol.
foto GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO
Melancia: um novo combustível?
O Governo norte-americano chegou à conclusão, através de um estudo recente, que é possível aproveitar as melancias para produzir biocombustível. O fruto é especialmente procurado no verão por ser refrescante mas, a partir de agora, poderá ser procurado para fazer mover os automóveis.
Assim, a ideia do Governo dos EUA é aproveitar a enorme quantidade de melancias que é rejeitada pelos consumidores porque têm algum defeito e dar-lhe um outro fim.
"Aproximadamente um quinto das melancias que se cultivam têm marcas que as tornam pouco atrativas para o consumidor", explica Wayne Fish, co-autor do estudo e químico do Serviço de Investigação Agrícola de Lane, no estado de Oklahoma.
Os investigadores começaram, então, a procura pelas potencialidades desconhecidas da melancia e descobriram que, depois de retirar os compostos antioxidantes da fruta, era possível produzir etanol através dos compostos açucarados que restavam.
Os investigadores prepararam vários litros do novo do combustível em laboratório e optimizaram o processo de modo a produzir cerca de 87 litros de etanol a partir de um acre de melancia rejeitada.
"As quintas entre 121 e 405 hectares poderiam conservar elas mesmas o etanol e utilizá-lo na sua produção", afirma Wayne Fish. Para a produção deste biocombustível seria sempre necessário passar por um laboratório mas, segundo o investigador, "o processo não é muito diferente de fazer cerveja caseira".
Para além disto, seria uma possibilidade para as quintas que produzissem grandes quantidades de biocombustível a partir do sumo da melancia venderem o excedente no mercado.
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