O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lançou dúvidas sobre a viabilidade de um estado palestino, na segunda-feira, em uma reunião com ministros dos Negócios Estrangeiros da UE. Perguntou diretamente se ele ainda apoia uma solução de dois estados, ele respondeu perguntando se esse estado seria "Costa Rica ou Iêmen". Falando aos repórteres a bordo de seu avião, após a reunião do café da manhã, antes de decolar de Bruxelas, ele também disse que as nações européias "estragam" os palestinos, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, ao reconhecer Jerusalém como a capital de Israel na semana passada ", disse-lhes a verdade." Netanyahu disse que falou com os ministros de "quase todos os 28 Estados membros da UE" e que a conversa foi "respeitosa dos dois lados". Ele disse que lhes explicou que já era hora de uma discussão mais realista sobre a região e disse que a atual turbulência no Oriente Médio é devido a uma batalha entre "modernidade e medievais precoce". Netanyahu disse que argumentou contra dois equívocos: que o conflito israelense-palestino está no cerne dos problemas da região e que os assentamentos estão no cerne do conflito israelense-palestino. "Perguntei-lhes:" Alguém acredita nisso? ", ele informou. "O pobre homem que se incendiou na Tunísia, ele realmente se preocupou se Abu Mazen (presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas) e eu negociamos e chegamos a um acordo?", disse ele. "O argumento de que no coração do nosso conflito estão os assentamentos não é verdade", prosseguiu. Ele afirmou que "a oposição ao sionismo começou antes dos assentamentos e continua depois que eles são desmantelados". E ele disse que seu raciocínio foi amplamente aceito pelos ministros da UE. Netanyahu disse que foi perguntado se ele aceitou a solução de dois estados e que ele respondeu perguntando aos ministros que tipo de estado o segundo seria: "Seria Costa Rica ou Iêmen?" O primeiro é uma democracia estável na Central América, enquanto o último está em estado de guerra com anarquia. O primeiro-ministro disse para sua audiência que Israel insiste em arranjos de segurança e que os palestinos reconheçam Israel como um estado judeu. A recusa de reconhecer um estado-nação para o povo judeu, em qualquer fronteira, disse ele, é a fonte do conflito israelense-palestino. "É hora de dizer essas coisas", disse Netanyahu aos repórteres. "Eu disse que sem abordar a raiz do conflito, permaneceremos sem progresso".
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