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sábado, 11 de agosto de 2012

Mais pobreza nos Estados Unidos


Publicar na Internet e em outros meios de imprensa que a pobreza nos Estados Unidos não melhorou desde 1973 e que existem tantos pobres como em 1965 chama a atenção do mais simples cidadão, porque se trata da maior economia mundial.

Mas isso demonstra que aqueles que geraram a atual crise econômica global também provocam um crescente número de injustiças e maiores desigualdades.

O professor de Direito em Georgetown University Law Center, Peter Edelman, especializado em temas sobre pobreza, bem-estar e direito constitucional, assegurou recentemente que seu país voltou para onde estava nos anos sessenta.

Em sua análise, considera que a miséria está muito relacionada com o desemprego e a redução de ambas é provável que se converta num processo lento e frustrante, daí a ideia de um país arrastado ainda mais para o abismo por um problema que não vai desaparecer tão cedo.

Segundo suas apreciações há quatro razões que geram essa situação: empregos de baixos salários, lares monoparentais, o quase desaparecimento da assistência em numerário para mães de baixos rendimentos e crianças e a discriminação por raça e gênero.

Dados oficiais indicam que na década de noventa mais de dois terços das crianças de famílias pobres receberam assistência social, mas agora chegam a 27 por cento, enquanto seis milhões de pessoas não têm rendimentos que não sejam os cupons para alimentos.

Para Edelman a pobreza está aumentando rapidamente, pelo que a sexta parte da população dos EE.UU., isto é, 47 milhões de pessoas, vivia já no ano passado abaixo dessa condição. Sobre essa base os demógrafos predizem no mínimo os mesmos níveis até pelo menos 2014.

O nível mais alto de pobreza registrado foi de 22,4 por cento em 1959, e nestes momentos calcula-se que bastaria um incremento de 0,1 para superar a taxa de pobreza de 1965, crescente nesse ano a 15,1 por cento e sem perspectivas nada otimistas.

No entanto, a Casa Branca trata de cobrir essa realidade e traz à luz um relatório de inteligência no qual prediz um descenso drástico do número de pobres no mundo para 2030, quando em seu próprio pátio 100 milhões de pessoas são pobres ou quase pobres, afirma o site theeconomiccollapseblog.com.

O atual estancamento e debilidade da economia estadunidense supõe um agravamento dessa situação, pois segundo os analistas desse site na Internet o Produto Interno Bruto (PIB) real dos EE.UU. foi continuamente negativo desde 2005.

Fontes nada desprezíveis, como o The Wall Street Jorunal, expõem fundamentos que o confirmam: hoje um em cada quatro trabalhadores no país tem salários no nível de pobreza ou abaixo dele e 49,1 por cento dos estadunidenses vivem em um lar onde ao menos uma pessoa recebe subsídios econômicos do governo.

Também preveem que aproximadamente a metade dos estadunidenses adultos passe pelo menos algum tempo vivendo abaixo do nível da pobreza antes de cumprir os 65 anos.

Agregam que desde o começo da administração de Barack Obama, o número de estadunidenses que vivem na pobreza aumentou em seis milhões e a quantidade dos que se mantêm por meio de cupons aumentou em 14 milhões.

A lista de argumentos precisa que uma em cada seis pessoas de idade avançada nesse país vive abaixo da linha federal da pobreza, enquanto a Forbes indica que os 400 estadunidenses mais ricos acumulam o dinheiro de 150 milhões de pobres juntos.

Significativamente 1,5 milhões de famílias estadunidenses vivem com menos de dois dólares diários, a taxa de desemprego tem sido superior a oito por cento durante 40 meses consecutivos e 42 por cento de todos os desempregados no país estiveram sem trabalho durante pelo menos meio ano.

Tal é a situação da maior economia mundial que o Departamento de Comércio já confirmou que o PIB cresceu 1,5 por cento no segundo trimestre, a taxa mais lenta desde o terceiro trimestre de 2011.

Dessa forma o crescimento econômico desacelerou-se entre abril e junho, tal como se esperava golpeado pela despesa do consumidor mais baixo em um ano, o que reforça a possibilidade a mais estímulos por parte do Federal Reserve.

Grande parte da desaceleração estadunidense nesse período deveu-se a uma moderação da despesa do consumidor, dado o débil aumento do emprego e do rendimento, as duas causas que geraram mais pobreza nessa nação.

A despesa do consumidor, que representa quase 70 por cento da atividade econômica estadunidense, cresceu a um ritmo de 1,5 por cento, menos que a taxa de 2,4 por cento registrada no primeiro trimestre.

Depois dessas notícias, a Casa Branca reduziu sua projeção de crescimento da economia para 2012 e 2013, com uma revisão que precisa um crescimento de 2,3 por cento neste ano e 2,7 para o próximo, muito menos que 2,7 e três projetados antecipadamente.

Menos contratações trabalhistas, nervosismo do consumidor, baixa atividade manufatureira e os efeitos da crise na Europa apontam o que todos temem: outra recessão.

Por isso não muitos deixam de afirmar que a debilidade da economia poderia custar a reeleição do presidente Barack Obama nos sufrágios de novembro.



*Jornalista da Redação de Economia da Prensa Latina.

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