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sábado, 11 de agosto de 2012

Dois safados não querem o bolo dividido


A ICAR, acostumada a mamar nas tetas generosas do Estado brasileiro praticamente sozinha, obviamente preocupa-se ante a perspectiva de perder o privilégio, dividindo os favores recebidos com outros sanguessugas do erário. O evangélico - que se apercebeu das vantagens decorrentes das malandragens da ICAR - vai na mesma linha.

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Padre Azevedo disse que o pastor Feliciano é 'valoroso'

O padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr. (foto), da Arquidiocese de Cuiabá (MT), elogiou o questionamento da Frente Parlamentar Evangélica ao governo federal quanto ao “escândalo” da liberação de recursos a entidades que, segundo ele, historicamente defendem a legalização do aborto.

Em um vídeo, ele falou sobre o pedido dos parlamentares evangélicos — requerimento 2406/2012 — para que a ministra Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres) justifique a liberação de US$ 4,5 milhões (R$ 9 milhões) das Nações Unidas para entidades como Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres e ONU Mulheres. O requerimento é do deputado João Cunha (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, e foi assinado por 26 parlamentares.

O padre Azevedo qualificou um dos signatários do requerimento, o pastor Marco Feliciano (foto), como “valoroso” pelo trabalho que tem feito no combate aos defensores do aborto. 

É a primeira vez que um padre se esmera em elogiar a Frente Parlamentar Evangélica. Sobre a questão do aborto, o padre Marcelo Rossi já tinha dito que se uniria aos evangélicos, se preciso, para combater a ministra “abortista”, mas a sua manifestação se restringiu a isso. 

Azevedo, pela sua pregação de extrema direita, é uma espécie de Silas Malafaia da Igreja Católica. Ele tem aumentado o rebanho de seus seguidores, mas muitos padres querem distância dele. O seu elogio à Frente Evangélica soa como uma crítica à suposta falta de empenho dos bispos e arcebispos sobre a questão do aborto.

O padre sugeriu no vídeo que a presidente demita a ministra Menicucci, porque, se não o fizer, Dilma Rousseff, segundo ele, estará descumprindo o acordo que fez com religiosos na campanha eleitoral para não dar apoio aos defensores do aborto.



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