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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mais um templo católico clamando por dinheiro público

A estratégia, velha conhecida dos mais atentos, é bastante clara: deixar sucatear os templos, para receber socorro público, desconsiderando, por completo as normas do DL federal 25/1937, em combinação com a CF, que o recepcionou, no sentido de que a responsabilidade dos órgãos públicos  é subsidiária, ou seja, somente quando o dono do bem tombado provar incapacidade financeira (o que a ICAR, proprietária dos templos, jamais poderá fazer, diante da sua notória riqueza) é que um entre público poderá intervir e evitar que o bem venha a desparecer ou sofrer sérios danos, seja ele igreja ou qualquer outra preciosidade arquitetônica, histórica ou cultural.
A notícia abaixo postada diz que a fachada já foi objeto de restauro, certamente com dinheiro dos contribuintes de todos os cultos, agnósticos e ateus. 
Existem palavras aptas para definir tais alianças que atentam contra o republicanismo e o estado laico: tramóia, maracutaia, safadeza, desvio (de recursos públicos), cooptação (do membros do MP, que se mostram inertes), imoralidade, indecência, ilegalidade, lesividade e quadrilha (formada pelos políticos com os bispos e seus asseclas).

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Nossa Senhora do Ó, na Freguesia, pode fechar
Igreja tem interior sustentado por estrutura metálica para não desabar; fachada já foi recuperada
20 de agosto de 2012 | 3h 04


EDISON VEIGA - O Estado de S.Paulo


Uma das mais antigas construções de São Paulo, a Igreja de Nossa Senhora do Ó, na Freguesia do Ó, zona norte, corre riscos. Rachaduras, infiltrações e, principalmente, a fragilidade do forro estão tirando o sono do pároco, padre Carlos Alves Ribeiro, e dos católicos que frequentam o espaço. "Se obras não forem feitas urgentemente, vai acontecer algo lastimável: serei obrigado a fechar a igreja", comenta o sacerdote.

Desde abril do ano passado, para evitar que pedaços do forro caiam sobre as cabeças dos fiéis, uma solução paliativa foi adotada: o interior da igreja ganhou uma estrutura metálica que dá sustentação ao teto, enquanto a sonhada reforma não vem. Mas isso acabou criando um problema colateral. "Temos de pagar R$ 6 mil por mês pelo aluguel dessa estrutura", conta o padre. "Não fosse por isso, já estaríamos com caixa para a reforma."


Campanha. No ano passado, a Prefeitura bancou a recuperação das fachadas externas do templo - um custo de R$ 400 mil. O que seria uma ajuda, acabou maquiando a atual situação. Ao menos é assim que pensa padre Carlos. "As pessoas olham por fora e imaginam que a igreja está bonita, que não há problemas", explica. "É uma falsa impressão. Na minha opinião, foi um erro termos começado recuperando o lado externo. Seria melhor começar pelo mais urgente, pelo emergencial."

Para resolver os problemas das trincas, da pintura interior, dos vitrais, dos lustres, das instalações elétricas e do forro, o padre tem em mãos um orçamento de R$ 1,2 milhão, dividido em um cronograma de 24 meses de obras.

"A situação mais grave é a do forro. Está condenado, enfarinhando", diz o religioso. Seu plano é conseguir reformar tudo o mais brevemente possível. E, para isso, está passando o chapéu. "A paróquia não tem fôlego para arcar com esses valores. Estamos pedindo colaboração dos fiéis e também dos empresários que têm negócios no bairro. Afinal, trata-se de um patrimônio da cidade", afirma o sacerdote.

Não sem ter razão. A história do endereço religioso remonta a 1580, quando o bandeirante Manuel Preto se instalou, com a família, na fazenda onde hoje é o bairro da Freguesia do Ó. Em 1610, eles construíram uma capela, bastante simples, para oração familiar. Os frequentadores do local foram aumentando até que, em 1796, a capela é transformada em paróquia. O bairro foi se formando ao redor dessa construção.

No fim do século 19, um incêndio destruiu essa primeira edificação. Foram quatro anos de obras até que a atual ficasse pronta, em 1901. A última restauração completa do templo data de 1995. A construção é protegida pelo órgão municipal de proteção ao patrimônio (Conpresp).




Fonte: ESTADO DE SP


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