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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mulheres de negócios do BRIC são mais fortes que na Europa




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Os países do BRIC ultrapassaram os países desenvolvidos no que se refere às conquistas profissionais femininas. Segundo as últimas pesquisas, a percentagem de mulheres que ocupa cargos de direção nos países em desenvolvimento é maior do que nos desenvolvidos. É sobretudo significativa a comparação com a Alemanha, onde somente 13% das mulheres são diretoras-gerais de grandes empresas. Nos países do BRIC – sem a África do Sul – este índice é maior: 20%.


É difícil para uma mulher se tornar diretora em uma grande empresa e quanto mais desenvolvido é o país, tanto mais difícil é atingir esse objetivo. Tais são os resultados da pesquisa dedicada aos problemas da promoção de mulheres a cargos de direção. A pesquisa, realizada entre mais de cem diretores de Recursos Humanos de companhias internacionais mostrou: as mulheres são atraídas ativamente pelo trabalho. Entretanto, a maioria das representantes do belo sexo só pode sonhar com a posição de dirigente a nível médio. Um progresso evidente é observado somente nos países asiáticos e países do BRIC. A globalização desempenhou um papel decisivo, pois em anos contados fez o que as feministas na Europa levaram decênios – considera o politólogo Maxim Grigoriev:

“Muitas mulheres recebem boa formação. Muitas mulheres são ambiciosas. Gradualmente isto chegou inclusive aos países em desenvolvimento. Isto é consequência natural da globalização. Para muitas mulheres, a questão da família, filhos, é adiada para idade mais avançada. Aqui se pode falar também do fator médico, quando a possibilidade de ter filhos é avançada com a idade."

É digna de nota a estatística de mulheres dirigentes no países do “G-7” – 5% no Japão e 13% na Alemanha. Os dados japoneses ainda podem ser explicados pelas particularidades da estrutura sócio-cultural da sociedade. Entretanto os resultados da Alemanha – um do líderes em emancipação feminina – desconcertaram os pesquisadores. A socióloga Olga Krishtanovskaia assinala que, por enquanto, as mulheres só têm alcançado resultados reais na política.

Dir-se-ia que a vitória política do feminismo nos países em desenvolvimento é evidente. Entretanto a composição dos governos europeus não seria tão pró-feminina se em muitos países esta não fosse consolidada pela criação de quotas de mulheres nos órgãos de poder. No mundo dos negócios os resultados são evidentes por enquanto: apesar de melhores qualidades de organização das mulheres, estas não são admitidas além de certo nível de direção. Muitos homens dirigentes concordam com a limitação de tal enfoque, entretanto não ocorrem quaisquer mudanças reais – assinala a socióloga Olga Krishtanovskaia.

“Existe o conceito – economia feminina. Muitos livros científicos são dedicados ao fenômeno, quando uma grande companhia é dirigida por uma mulher. Assinala-se que a mulher dedica maior atenção à atmosfera e compreensão mútua entre as pessoas no coletivo, os homens têm outras prioridades. Temos às costas séculos de domínio dos homens. Eles, apesar de concordarem com as pretensões da mulheres, ainda assim continuam a considerar que eles dominam.”

O último argumento é justificado – assinala a especialista – se nos lembrarmos que por trás da maioria dos homens bem-sucedidos está uma mulher. Não importa se ela é companheira, dona de casa, que garante a retaguarda, ou simplesmente musa inspiradora. Também se assinala um outro aspecto: hoje as companhias que procuram manter o equilíbrio de gênero na política de recursos humanos são consideradas mais eficazes do ponto de vista econômico.

Fonte: VOZ DA RÚSSIA

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