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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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sábado, 11 de agosto de 2012

Capital multicultural da Europa, Bruxelas anuncia seu novo símbolo



Pois é: Florianópolis, que se pretende e está cada vez mais cosmopolita, com adventícios de todos os quadrantes do mundo e de todos os cultos, além de agnósticos e ateus, é claro, continua a ostentar uma cruz cristã no seu escudo.


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Típica cena multicultural nas ruas de Bruxelas - cidade muda logo e reafirma condição de coração da Europa. Foto: Viviane Vaz/Especial para Terra



Típica cena multicultural nas ruas de Bruxelas - cidade muda logo e reafirma condição de coração da EuropaFoto: Viviane Vaz/Especial para Terra


VIVIANE VAZ Direto de Bruxelas


O governo belga aprovou em julho um novo logotipo que será a marca registrada de Bruxelas e que inaugurará um novo conceito de endereço web voltado especialmente para cidades. "Be.brussels" será o link na internet atribuído à região metropolitana de Bruxelas a partir de janeiro de 2013 e trará informações sobre a cidade. Além de ser a capital da Bélgica, Bruxelas é também considerada a capital da União Europeia, por sediar as principais instituições do bloco de 27 países, como a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu.

O novo logo (veja abaixo) utiliza as cores tradicionais de Bruxelas - azul e amarelo - e traz uma versão modernizada da íris, uma flor nativa da região. O desenho é mais simples do que o logo criado em 1991 e transforma uma das pétalas da flor em coração - para simbolizar a alma dos habitantes da cidade. Segundo a agência Base Design, responsável pelo projeto, a nova marca é um convite para todos por ser "multicultural e multilíngue, um reflexo da atitude aberta e bonvivant da região" central de Bruxelas. Apesar de as línguas oficiais serem o o neerlandês (flamengo) e o francês, Bruxelas é uma babel com habitantes de cerca de 130 nacionalidades.


O clima de boa vizinhança entre os habitantes de origem tão diversa faz de Bruxelas uma cidade ímpar na Europa. O varredor de rua Olivier Ndikumana, 28 anos, nascido no Burundi, vive na Bélgica desde 2008. O que ele mais gosta em Bruxelas é que não sente racismo entre a maioria das pessoas. Olivier fez amizade com cidadãos belgas, árabes e latino-americanos e observa que mesmo os africanos de diversas etnias superam suas disputas do continente de origem e se unem numa forte comunidade. "Acho que as pessoas vêm para cá com o pensamento avançado, decididos a trabalhar e fazer uma vida melhor", conta. Por outro lado, o entregador Bruno, congolês de 38 anos, opina que as comunidades apenas se "visitam", mas não se misturam de verdade.

O fotógrafo iraquiano, 26 anos, Dhyaa Ioda, explica: "Não existem pessoas boas e pessoas más. O que existe é um bom sistema e aqui em Bruxelas se pode dizer que existe um bom sistema executivo, legislativo e judiciário". Ele chegou há sete anos na cidade como refugiado da guerra no Iraque e conta que no início não foi fácil se adaptar a um lugar com tantas línguas e culturas. "Em cinco horas de voo, eu tinha saído da guerra para a paz. Para mim, a integração era uma questão de sobrevivência", detalha. Rapidamente Dhyaa descobriu que Bruxelas era uma cidade "para todo mundo". Para o artista, é o caráter simples, sem orgulho nacional que permite que tantos estrangeiros se sintam "se não integrados, pelo menos respeitados".

O urbanista belga Thierry Scholberg é fascinado pela história dos estrangeiros na Bélgica e ressalta que a história da cidade e do país, marcados por dominações e ocupações estrangeiras, moldam de certa forma a hospitalidade belga. "Os conflitos deram aos habitantes originais uma certa modéstia que transpassou para as gerações posteriores", afirma. Thierry recorda que o caráter aberto e liberal da Bélgica, desde sua constituição de 1830, tornou o país um pólo de atração desde sua criação, acolhendo personalidades como o físico Albert Einstein, o filósofo Karl Marx e o escritor Victor Hugo. As décadas de 60, 70 e 80 trouxeram muitos exilados latino-americanos que fugiam das ditaduras militares. E hoje, conflitos armados ou motivações econômicas continuam trazendo migrantes de todas as partes do mundo.

A pesquisadora belga, Freia Van Hee, é casada com um palestino, e seu filho Ilias, de três anos, já fala árabe e flamengo com desenvoltura. Para ela, a organização espacial de Bruxelas também favorece que embates entre as diferentes comunidades sejam mais raros. "Ao contrário de outras cidades europeias, os estrangeiros aqui não se concentram nos subúrbios ou em guetos, mas em bairros no centro. Isso faz com que eles tenham uma maior noção de que a cidade também é deles", ressalta Freia.

Lucila Jimenez Castillo, 70 anos, nasceu em Cali, na Colômbia, morou na Venezuela e na Itália, e agora se define agora como colombo-vene-belga. Está em Bruxelas desde 1988 e só lamenta que a cidade não lhe deu um quarto marido, depois de ter sido casada com um francês, um italiano e um israelense. "Mas eu também já pequei bastante, agora tenho tempo para rezar nesta cidade que me acolheu e me deu aposentadoria", brinca.

Já a família da belga Natalie Mariavelle, 41 anos, personifica a tolerância religiosa e o coração aberto da cidade. Ela é católica, casada com um albanês muçulmano. Os dois têm cinco filhos: três são cristãos e dois, muçulmanos. Enquanto esperam que a roupa fique pronta em uma lavanderia de auto-serviço da capital, a filha Delia, católica, 13 anos, segura o Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos) para a irmã Melissa, 16 anos, fazer suas orações. "A base da convivência é a educação. Antes de julgar o outro por diferente, devemos tentar conhecê-lo primeiro", ensina Natalie.

Fonte: Portal Terra

Um comentário:

Unknown disse...

O autor só esqueceu de dizer que em Buxelas, só os fanáticos Racistas Judeus não se misturam com ninguém!Mais uns 20 anos e a Europa vai virar uma merda africana!