Sátira da revista Titanic sobre novos 'vazamentos' no Vaticano
levou arcebispo a defender na Alemanha uma lei da blasfêmia
O arcebispo Ludwig Sckick (na foto abaixo), da Baviera, fez uma proposta que o colocou do lado dos fanáticos islâmicos que pedem punição a quem desrespeitar Maomé. O sacerdote defendeu a criação na Alemanha de uma lei da blasfêmia para punir quem ridicularizar as religiões por intermédio de suas orações, textos sagrados e santos.
Sckick quer respeito
para com os crentes
Sckick passou a exigir respeito para os “valores religiosos” e os “sentimentos dos crentes” depois que a revista mensal satírica alemã Titanic publicou na capa e contracapa colagens do papa Bento 16 onde ele aparece com mancha de incontinência urinária e de diarreia.
Na capa, sobre a montagem, a revista diz: “Aleluia, mais uma vazamento encontrado no Vaticano”. Na contracapa, “Encontrado outro vazamento”. Trata-se de referência aos vazamentos de informações confidenciais do Vaticano (“Vatileaks”) que levaram o mordomo do papa à prisão.
O Vaticano processou a Titanic sob a acusação de violar os direitos de imagem do papa. Na semana passada, o Tribunal de Hamburgo mandou suspender a distribuição da edição da revista com os “vazamentos” do papa.
A edição mais recente da revista mostra sinais de beijos nas mãos e na batina de Bento 16.
Nos últimos dois anos, a opinião pública alemã ficou perplexa com os escândalos da pedofilia cometida por padres em proporção inimaginável. Desde então tem havido uma fuga de fiéis da Igreja, com forte repercussão na coleta de dízimo e doações.
A proposta de Sckick para a criação de uma lei da blasfêmia revela o temor da Igreja Católica de que ela venha cair ainda mais no descrédito por parte dos alemães.
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