Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 11 de abril de 2013

Assembleia de Deus tem disputa 'entre gerações' nesta quinta


JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BRASÍLIA


Maior denominação evangélica do país, a Assembleia de Deus realiza hoje em Brasília uma megaeleição para escolher a cúpula de sua principal entidade.

Participarão aproximadamente 24 mil dos mais de 50 mil pastores da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, a mais tradicional da igreja --fundada em Belém em 1910.

É o maior pleito de sua história, antecedido por três dias de plenárias e cultos lotados realizados num centro de eventos da capital.

Foram necessárias 20 mil cadeiras para comportar o oceano de homens vestidos de terno com suas indefectíveis bíblias. Diante do esgotado sistema hoteleiro de Brasília, boa parte deles acampou em torno do local.

Andre Borges - Folhapress 
Pastores participam do primeiro dia do Congresso da Assembleia de Deus em pavilhão de exposições, em Brasília


Entre os pastores está Marco Feliciano (PSC-SP), chefe da Catedral do Avivamento, deputado e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, acusado de racismo e homofobia.

A despeito da atenção recebida por estar no centro de uma onda de protestos há mais de um mês, Feliciano é considerado "peixe pequeno" na complexa política interna da entidade, comandada pelo aliado José Wellington, 78, da Assembleia em São Paulo, desde 1988.

Discreto, apoiado pela maior parte dos deputados ligados à denominação e cioso das antigas tradições da Assembleia de Deus, Wellington é tido como favorito para vencer a disputa.

Seu concorrente, pela terceira vez, é Manuel Câmara, 56, líder de Belém que se apresenta como um reformador da igreja --quer o uso maciço da TV e o fim da reeleição para o cargo de presidente da convenção. Quem for eleito vai chefiar a entidade pelos próximos quatro anos.

A disputa é acompanhada pelos 12,3 milhões de fiéis de diferentes ramos da Assembleia, que representam quase um terço de todos os evangélicos do Brasil. Desde 2000, esse rebanho cresceu 46%.

Ser eleito presidente da Convenção Geral não significa, no entanto, influência direta sobre os fiéis. Diferentemente de algumas neopentecostais, como a Universal do Reino de Deus, que não realizam eleições e são normalmente ligadas a um único líder, a Assembleia tem uma estrutura descentralizada.

O que está em jogo é a ascendência política e teológica sobre os pastores e o domínio da editora da Convenção, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), dona de um rendimento desconhecido publicamente, mas que se sabe ser vultoso.

Esses fatores ajudam a explicar a disputa, que tem elementos de um pleito para cargo público: altos gastos com propaganda, acusações mútuas e uma agenda extenuante dos candidatos.

"É uma guerra", disse à Folha Câmara, que tem dormido três horas por noite nesta semana e começou a rodar o país há dois meses numa campanha que, segundo seu adversário, custou R$ 12 milhões --o que ele nega.

Para os candidatos à presidência da convenção, não se trata de dinheiro, mas da busca de um "ideal". "Esta é uma disputa geracional."
Editoria de Arte/Folhapress 



Fonte: FOLHA DE SP

Nenhum comentário: