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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Judeu, consciente e corajoso




Israel prende pela oitava vez jovem que se recusa a entrar no Exército

Todas as terças-feiras às 9h, Nathan Blanc vai até a base militar perto de Tel Aviv e se declara um “conscientious objector”, termo utilizado para alguém que conscientemente se nega a entrar no exército. Então, é preso e sentenciado a entre 10 e 20 dias na Prisão Militar Número 6. Quando liberado, o ciclo recomeça. Esse procedimento virou quase rotina para o jovem nas últimas 19 semanas, durante as quais ele já permaneceu 100 dias preso.

Como todos os jovens cidadãos de Israel, ele é obrigado a prestar serviço militar por três anos após sair do colégio (mulheres devem prestar dois anos). No entanto, ele não planeja se tornar um membro das Forças Armadas Israelenses (IDF). “A onda de agressividade militar que varreu o país, as expressões de ódio mútuo, e a conversa vazia sobre eliminar o terror e criar um impedimento foram o gatilho primordial para minha recusa”, explicou o jovem.

Ele tomou a decisão de se recusar a prestar o serviço militar após a Operação Chumbo Fundido, em 2008, durante a qual foram mortos cerca de 1.400 palestinos da Faixa de Gaza e 13 israelenses. De acordo com Nathan, em uma guerra “que poderia ter terminado há muito tempo, mas em que os dois lados dão espaço para extremistas e fundamentalistas”, o Estado judeu mantém as pessoas “sob controle” sem direitos democráticos, e palestinos são sujeitos a “punição coletiva” para a ação de poucos.

Para ele, o governo de Israel não está interessado em mudar a situação atual do conflito, mas sim em preservá-la. “Nós, como cidadãos e seres humanos, temos o dever moral de recusar a participar desse jogo cínico”, acredita.

A noção de serviço militar obrigatório é algo enraizado na experiência coletiva da identidade nacional israelense. Nathan é o único dos 300 ou 400 internos da Prisão Número 6 que se declara um “conscientious objector”. Os seus pais apoiam a decisão, assim como alguns amigos. Alguns deles sugeriram que ele alegasse alguma doença ou procurasse isenção por motivos pacifistas, mas ele afirma que isso não condiz com seus princípios.

“Eu não tenho ideia de quanto isso vai durar”, diz. “O cenário ruim seria eu ir à corte militar e ser sentenciado a algo como um ano de prisão. O cenário bom seria eles se cansarem disso e me deixarem fazer outro serviço nacional”, alternativa que o Exército rejeita. A instituição declarou que a obrigatoriedade militar é necessária devido à situação da segurança do país.

O jovem não acredita que suas decisões atuais vão causar grandes prejuízos a ele no futuro. “Estou orgulhoso do que estou fazendo. Talvez eu tenha causado algum dano ao meu futuro, mas isso é pequeno comparado a seguir os meus princípios”.


Com informações do Opera  Mundi, via SUL 21

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