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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Rádio ATEIA - o compositor Émile Waldteufel


A música de Waldteufel é caracterizada por um senso melódico dentro da tradição dos melodistas franceses de sua época tais como Gounod, Saint-Saëns ou Bizet



 

Charles Émile Lévy Waldteufel, conhecido pelo nome de Émile Waldteufel, compositor francês de música popular assim como de numerosas obras para piano de valsas e polcas, morre em Paris em 12 de fevereiro de 1915.


Waldteufel, que em alemão significa ‘diabo do bosque’ nasceu na Alsácia numa família de músicos judeus em 9 de dezembro de 1837. Seu avô, Moyse Levy, músico ambulante em Bischheim, Alsácia, foi quem escolheu para si o pseudônimo de Waldteufel. Um de seus filhos, Lazare Lévy, conhecido como Louis Waldteufel, violinista e regente de orquestra, teve quatro filhos : Achille ; Isaac, conhecido como Léon, chefe de orquestra dos bailes da corte e da presidência ; Salomon conhecido como Édouard e Charles Émile, quem foi o mais conceituado e mais prolífico compositor da família.


Em 1844, a família muda-se para Paris a fim de que Léon pudesse aprender violino no Conservatório. Por seu turno, de 1853 a 1857, Émile inscreve-se e cursa os estudos de piano no mesmo local. Jules Massenet e Georges Bizet são seus colegas de classe. Waldteufel, como muitos outros pianistas de sua época, compunha ao piano suas obras, porém com a perspectiva de orquestrações ulteriores em função das condições de representação – salões privados, salões de baile ou bailes ao ar-livre.


Durante o Segundo Império, Waldteufel escreveu numerosas danças que logo se tornaram bastante notórias. Em 1865, particularmente apreciado pela imperatriz Eugênia, torna-se diretor da música de dança da corte imperial de Napoleão III e pianista favorito da imperatriz. Ficou encarregado de animar as famosas ‘soirées’ dançantes de Biarritz e Compiegne. A partir de 1867, a orquestra de Waldteufel passou a animar os bailes nas Tuilerias, assumindo o lugar de Isaac Strauss que Berlioz chamou em suas memórias de “o Strauss de Paris”, e depois os bailes no Palácio dos Eliseus após a guerra franco-prussiana.


Em 1874, ele é notado pelo príncipe de Gales, o futuro rei Eduardo VII, que propõe ao compositor fazer-se conhecido na Grã Bretanha. Segue-se um contrato com a sociedade editora londrina Hopwood & Crew, que lhe permite tocar nos bailes patrocinados pela rainha Victoria no Palácio de Buckingham. Sua música dominou os ambientes mundanos e sociais durante muito tempo. A Valsa dos Patinadores (1882) lhe valeu fama internacional, tendo sido fartamente executada em Londres, Berlim, Paris, Viena, com enorme sucesso popular até o começo do século 20.

A música de Waldteufel é caracterizada por um senso melódico dentro da tradição dos melodistas franceses de sua época tais como Gounod, Saint-Saëns ou Bizet. Sua inspiração se estende das óperas cômicas de Audran, Lacome ou Offenbach até a música popular bávara, que conheceu por intermédio de sua mãe, ou o folclore da Boêmia.


Sua abundante produção musical compõe-se basicamente de valsas, polcas e mazurcas assim como de canções melódicas que construíram sua reputação.

A utilização de Amor e Primavera como indicativo da emissão francesa televisionada Cine-Clube foi durante muito tempo uma rara ocasião de ouvir a música de Waldteufel já no final do século 20. Em nossos dias a Valsa dos Patinadores e um punhado de outras peças continuam a ilustrar filmes, telefilmes (Chez Maupassant, primeira temporada), desenhos animados (Bob Esponja) e publicidades (Afflelou).


Suas cinzas foram depositadas sob uma pedra de túmulo no cemitério Pere-Lachaise em Paris.


Em Estrasburgo, uma placa comemorativa ornada por um medalhão em bronze esculpido por Clement Weber está aposta sobre sua casa natal na Grand Rue 84.

Fonte: OPERA MUNDI

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