Seria muito pedir que Florianópolis não fosse higienista?
A nossa região, que se pretende diferente e superior ao nordeste, por exemplo, não admite conviver, abertamente, com problemas sociais que o Brasil não consegue esconder.
É certo que nem todos os moradores de rua o são por situação de extrema pobreza. Muitos são simplesmente acomodados e preguiçosos mesmo. Gente avessa a um mínimo de esforço e de trabalho, para comer, vestir e dormir.
Mas, jogá-los de um lado para outro não irá resolver o incômodo que, inevitavelmente acabam causando.
Assistentes sociais, psicólogos, a Polícia, o Ministério Público e a Justiça, enfim todos que recebem do Estado (gênero) para estudar o assunto e achar soluções, devem empenhar-se mais em achar saída para a situação que cria angústias para o administrador. Afinal, se um prefeito consente que o caos se instale, a sujeira se imponha, é criticado. Se age como higienista, aí então recebe críticas ainda mais contundentes.
Eu, sinceramente, não gostaria de estar no pelo de Topázio, por exemplo. Está permanentemente sob fogo cruzado. Mas, quem se dispõe a assumir um cargo como o que ele ocupa, sabe, de antemão, que a mendicância é um dos problemas com os quais inevitavelmente deverá defrontar-se.
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