Um trecho do livro intitulado Les Mohicans de Paris, de autoria de Alexandre Dumas (pai), lançado em 1854, aplicado nos meios policiais, afirma: "cherchez la femme" ("procure a mulher" envolvida).
Tal regra parece agora ter outra direção, quando se vê tantos policiais envolvidos com a criminalidade e, pelo jeito, aqui no Brasil, teremos que dizer: "procure o policial".
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Décio Sá: inquérito investiga policial federal
José Reinaldo Marques*
O policial federal Pedro Meireles, citado no inquérito que apura o assassinato do jornalista Décio Sá, em 23 de abril, prestou depoimento na Superintendência de Investigações Criminais de São Luís (Seic), na manhã desta quarta-feira, 1º de agosto. O nome do agente foi comentado no depoimento de Gláucio Alencar, um dos mandantes do crime que se encontra preso.
No dia 26 de julho, a Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão divulgou nota à imprensa afirmando que tinha sido instaurada sindicância para apurar o envolvimento de Pedro Meireles na morte do jornalista, além da acusação do seu envolvimento com o crime de agiotagem. No documento a PF admite que a motivação para investigar o caso partiu de “matérias veiculadas na imprensa maranhense”.
Já a Delegada geral de Polícia Civil, Cristina Meneses, disse que Pedro Meireles passou a ser investigado apenas porque estaria ligado ao crime de agiotagem, praticado pelo mesmo grupo que encomendou o assassinato de Décio Sá. Após cem dias de investigações, a Polícia informou que o relatório final deverá ser encaminhado à Justiça na segunda semana de agosto.
Quem revelou à Polícia a existência de uma rede de agiotagem que atua no Maranhão e no Piauí foi Jhonatan Souza, assassino confesso de Décio Sá. Por meio do seu depoimento, a Polícia foi informada que a quadrilha atuava emprestando dinheiro a políticos, a juros altos, e que o pagamento das dívidas era feito com dinheiro público.
Oito pessoas estão envolvidas no assassinato de Décio Sá: seis encontram-se presas e duas ainda estão foragidas. A Polícia do Maranhão considera o caso foi esclarecido e com o depoimento do policial federal espera encerrar o inquérito que apura a morte do jornalista. O pedido de prisão temporária dos suspeitos foi prorrogado por mais 30 dias, para que a polícia apure o envolvimento deles em outros crimes.
O assassinato
O jornalista Décio Sá foi morto com cinco tiros dos seis disparados contra ele por Jhonatan Souza Silva, em 23 de abril, em um bar da Avenida Litorânea, em São Luís. Após 50 dias de investigações, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão prendeu seis dos envolvidos no crime, entre os quais o réu confesso Jhonatan.
* Com informações do Portal Paraíba.com.br., via
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