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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

BOMBA!!!- Estudo liga bisfenol a obesidade em crianças nos EUA

ATÉ BEM POUCO, PENSAVA-SE QUE CONSERVANTES, ACIDULANTES E OUTRAS PORCARIAS DO GÊNERO ERAM OS RESPONSÁVEIS PELOS ESTRAGOS NOS NOSSOS ORGANISMOS

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Bisfenol é uma substância que aparece no plástico de garrafas, embalagens de alimentos e revestimento de latas

AE




Um ano depois de a Anvisa ter proibido a fabricação e a importação de mamadeiras que continham bisfenol A em sua composição, um estudo associou a presença da substância no organismo de crianças e adolescentes com um risco maior de obesidade. O bisfenol aparece no plástico de garrafas e de embalagens de alimentos. Também é usado no revestimento de latas.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Nova York avaliaram 2.838 pessoas de 6 a 19 anos. A urina dos participantes foi analisada para quantificar a presença do bisfenol. Eles foram, então, divididos em quatro grupos, de acordo com a quantidade encontrada.
No grupo com menos bisfenol na urina, havia 10,3% de crianças e adolescentes obesos. Já no grupo com maior quantidade da substância, 22,3% dos participantes estavam com obesidade. O estudo foi publicado hoje no Journal of The American Medical Association (Jama).

Estudos em laboratório já tinham detectado uma relação entre o bisfenol e a obesidade. Essa é, porém, a primeira pesquisa em crianças e adolescentes a avaliar essa hipótese. A endocrinologista Tania Bachega, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e membro do Grupo de Trabalho dos Desreguladores Endócrinos da Regional São Paulo da SBEM, explica que, em cultura de células, já foi observado que o bisfenol seria responsável pela proliferação do tecido adiposo.

Tania alerta que as principais causas da obesidade continuam sendo o aumento do consumo de calorias e o sedentarismo. "Mas especialistas estão discutindo que, apesar do aumento da ingestão calórica, a obesidade está crescendo muito mais que o esperado." A hipótese seria que substâncias químicas, chamadas de obesógenos, poderiam estar predispondo ao ganho de peso. O bisfenol, que interfere no funcionamento do sistema endócrino, seria uma dessas substâncias.

Mesmo assim, os pesquisadores não descartam a hipótese de que crianças obesas consumam mais produtos como refrigerantes e alimentos enlatados, que conhecidamente têm maior quantidade de bisfenol em suas embalagens. Outros malefícios associados ao bisfenol são câncer, diabete, infertilidade, endometriose e ovários policísticos, entre outros.

Segundo a endocrinologista Ieda Verreschi, da Unifesp, estudos demonstram atuações específicas do bisfenol em alguns períodos do desenvolvimento humano, como o nascimento, a puberdade e alguns momentos da vida adulta. Nos recém-nascidos, ele pode promover a alteração no desenvolvimento das gônadas, podendo levar à ambiguidade genital. Na adolescência, está relacionado à puberdade precoce. Em adultos, se relaciona a alguns casos de câncer, como o de mama e o de próstata.



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