Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Negras e negros proeminentes (I)



José do Patrocínio


Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde janeiro de 2012).
Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Googlenotícias ,livros , acadêmicoScirusBing . Veja como referenciar e citar as fontes.


José do Patrocínio
Nome completo José Carlos do Patrocínio
Nascimento 9 de outubro de 1853
Campos dos Goytacazes
Morte 29 de janeiro de1905 (51 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Farmacêutico, jornalista,escritor, orador e ativistapolítico


José Carlos do Patrocínio (Campos dos Goytacazes, 9 de outubro de 1853 — Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 1905) foi um farmacêutico, jornalista, escritor, orador e ativistapolítico brasileiro. Destacou-se como uma das figuras mais importantes dos movimentosAbolicionista e Republicano no país. Foi também idealizador da Guarda Negra, que era formado por negros e ex-escravos para defender a monarquia e o regime imperial.


Índice [esconder]
1 Biografia
2 Cronologia
3 Obras
4 Pseudônimos
5 Representações na cultura
6 Bibliografia
7 Ligações externas

[editar]Biografia

Filho de João Carlos Monteiro, vigário da paróquia de Campos dos Goytacazes e orador sacro de reputação na Capela Imperial, com Justina do Espírito Santo, uma jovem escrava Mina de quinze anos, cedida ao serviço do cônego por D. Emerenciana Ribeiro do Espírito Santo, proprietária da região.

Embora sem reconhecer a paternidade, o religioso encaminhou o menino para a sua fazenda na Lagoa de Cima, onde José do Patrocínio passou a infância como liberto, porém convivendo com os escravos e com os rígidos castigos que lhes eram impostos.

Aos catorze anos de idade, tendo completado a sua educação primária, pediu, e obteve ao pai, autorização para ir para o Rio de Janeiro. Encontrou trabalho como servente de pedreiro na Santa Casa de Misericórdia (1868), empregando-se posteriormente na casa de saúde do doutor Batista Santos. Atraído pelo combate à doença, retomou, às próprias expensas, os estudos no externato de João Pedro de Aquino, prestando os exames preparatórios para o curso de farmácia.

Aprovado, ingressou na Faculdade de Medicina como aluno de Farmácia, concluindo o curso em 1874. Nesse momento, desfazendo-se a república de estudantes com que convivia, Patrocínio viu-se na iminência de precisar alugar moradia, sem dispor de recursos para tal. Um amigo, antigo colega do externato de Aquino, João Rodrigues Pacheco Vilanova, convidou-o a morar no tradicional bairro deSão Cristóvão, na casa da mãe, então casada em segundas núpcias com o capitão Emiliano Rosa Sena, abastado proprietário de terras e imóveis. Para que Patrocínio pudesse aceitar sem constrangimento a hospedagem que lhe era oferecida, o capitão Sena propôs-lhe que, como pagamento, lecionaria aos seus filhos. Patrocínio aceitou e, desde então, passou também a frequentar o "Clube Republicano" que funcionava na residência, do qual faziam parte Quintino Bocaiuva, Lopes Trovão, Pardal Mallet e outros. Não tardou que Patrocínio se apaixonasse por Maria Henriqueta, uma das filhas do militar, sendo também por ela correspondido. Quando informado do romance de ambos, o capitão Sena sentiu-se ofendido a princípio, porém vindo, após o matrimônio (1879), a auxiliar Patrocínio em diversas ocasiões.

Nessa época, Patrocínio iniciou a carreira de jornalista em parceria com Dermeval da Fonseca, publicando o quinzenário satírico "Os Ferrões", que circulou de 1 de junho a 15 de outubro de 1875, no total de dez números. Os dois colaboradores se assinavam com os pseudônimos Notus Ferrão (Patrocínio) e Eurus Ferrão (Fonseca).

Dois anos depois (1877), admitido na Gazeta de Notícias como redator, foi encarregado da coluna Semana Parlamentar, que assinava com o pseudônimo de Prudhome. Foi neste espaço que, em 1879, iniciou a campanha pela Abolição da escravatura no Brasil. Em torno de si formou-se um grupo de jornalistas e de oradores, entre os quais Ferreira de Meneses (proprietário da Gazeta da Tarde),Joaquim Nabuco, Lopes Trovão, Ubaldino do Amaral, Teodoro Fernandes Sampaio, Paula Nei, todos da Associação Central Emancipadora. Por sua vez, Patrocínio começou a tomar parte nos trabalhos da associação.

Fundou, em 1880, juntamente com Joaquim Nabuco, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão. Com o falecimento de Ferreira de Meneses (1881), com recursos obtidos junto ao sogro, adquiriu a Gazeta da Tarde, assumindo-lhe a direção. Em Maio de 1883, articulou a Confederação Abolicionista, congregando todos os clubes abolicionistas do país, cujo manifesto redigiu e assinou, juntamente com André Rebouças e Aristides Lobo. Nesta fase, Patrocínio não se limitou a escrever: também preparou e auxiliou a fuga de escravos e coordenou campanhas de angariação de fundos para adquirir alforrias, com a promoção de espetáculos ao vivo, comícios em teatros, manifestações em praça pública, etc.

Em 1882, a convite de Paula Nei, Patrocínio visitou a província do Ceará, onde foi recebido em triunfo. Essa província seria pioneira no Brasil ao decretar a abolição já em 1884.

Em 1885, visitou sua cidade natal, Campos dos Goytacazes, sendo também recebido em triunfo. De volta ao Rio de Janeiro, trouxe a mãe, idosa e doente, que viria a falecer no final desse mesmo ano. O sepultamento transformou-se em um ato político em favor da abolição, tendo comparecido personalidades como as do ministro Rodolfo Dantas, o jurista Rui Barbosa e os futuros presidentesCampos Sales e Prudente de Morais.

No ano seguinte (1886), iniciou-se na política, sendo eleito vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com votação maciça.

Em Setembro de 1887, abandonou a "Gazeta da Tarde" para fundar e dirigir um novo periódico: o "A Cidade do Rio". À frente deste periódico, intensificou a sua atuação política. Aqui, fizeram escola alguns dos melhores nomes do jornalismo brasileiro da época, reunidos e incentivados pelo próprio Patrocínio. Foi nele que Patrocínio saudou, após uma década de intensa militância, a 13 de maiode 1888, o advento da Abolição.

Obtida a vitória na campanha abolicionista, as atenções da opinião pública se voltaram para a campanha republicana. Por ironia do destino, o "A Cidade do Rio" e a própria figura de Patrocínio passam a ser identificados pela opinião pública como defensores damonarquia em crise. Nessa fase, Patrocínio, rotulado como um "isabelista", foi apontado como um dos mentores da chamada "Guarda Negra", um grupo de ex-escravos que agia com violência contra os comícios republicanos.

Após a proclamação da República (1889), entrou em conflito em 1892 com o governo do marechal Floriano Peixoto, pelo que foi detido e deportado para Cucuí, no alto rio Negro, no estado do Amazonas.

Retornou discretamente ao Rio de Janeiro em 1893, mas com o estado de sítio ainda em vigor, a publicação do "A Cidade do Rio" continuou suspensa. Sem fonte de renda, Patrocínio foi residir no subúrbio de Inhaúma.

Nos anos seguintes, a sua participação política foi inexpressiva, concentrando-se a sua atenção no moderno invento da aviação. Iniciou a construção de um dirigível de 45 metros, o "Santa Cruz", com o sonho de voar, jamais concluído. Numa homenagem a Santos Dumont, realizada no Teatro Lírico, quando discursava saudando o inventor, foi acometido de uma hemoptise, sintoma da tuberculoseque o vitimou. Faleceu pouco depois, aos 51 anos de idade, aquele que é considerado por seus biógrafos o maior de todos os jornalistas da abolição.
[editar]Cronologia
1853: Em 9 de outubro, José Carlos do Patrocínio nasceu em Campos (na então província do Rio de Janeiro), filho natural do padre João Carlos Monteiro e de Justina, escrava africana, vendedora de frutas.
1868: Patrocínio começou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro.
1871: Por iniciativa do visconde do Rio Branco, foi promulgada a lei do Ventre Livre, reconhecendo como livres as crianças nascidas de mães escravas.
1874: Na Faculdade de Medicina, Patrocínio concluiu o curso de Farmácia.
1875: Com Demerval Ferreira, publicou o primeiro número do quinzenário satírico "Os Ferrões".
1877: Entrou na "Gazeta de Notícias", respondendo pela coluna "A Semana Parlamentar".
1879: Casou-se com Maria Henriqueta Sena, a "Bibi". Iniciou a campanha pela abolição da escravatura.
1881: Ingressou na "Gazeta da Tarde", vindo a se tornar proprietário do periódico.
1882: A convite de Paula Nei, viajou ao Ceará em campanha pró-Abolição; como fruto, dois anos mais tarde, o Ceará foi a primeira província brasileira a dar a emancipação aos escravos.
1883: Patrocínio redigiu o manifesto da Confederação Abolicionista.
1884: Publicou o romance "Pedro Espanhol".
1885: Promulgada a Lei dos Sexagenários, que concedeu a liberdade aos escravos com idade igual ou superior a 65 anos. José do Patrocínio visitou Campos, onde foi saudado como um triunfador. No Rio de Janeiro, o funeral de "tia" Justina, mãe de José do Patrocínio, transformou-se num grandioso comício de repúdio à escravidão.
1886: Foi eleito vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
1887: Deixou a "Gazeta da Tarde", fundou e passou a dirigir o "A Cidade do Rio". Publicou o romance "Mota Coqueiro ou A pena de morte".
1888: A 13 de maio, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, extinguindo a escravidão no Brasil; José do Patrocínio beijou as mãos da princesa.
1889: Patrocínio publicou o romance "Os Retirantes", inspirado na inclemência da seca sobre os habitantes da região nordeste do Brasil. Foi acusado de fomentar a violenta ação da "Guarda Negra" em defesa do isabelismo. A 15 de novembro, a república foi proclamada no Brasil.
1892: José do Patrocínio importou da França o primeiro automóvel que circulou no Brasil. Movido a vapor, o seu barulho espantava os transeuntes. Por ter publicado, no seu jornal, um manifesto de um dos chefes da Revolta da Armada, o marechal Floriano Peixoto desterrou Patrocínio para Cucuí, no alto rio Negro (Amazonas).
1893: Proibida a publicação do periódico A Cidade do Rio, Patrocínio estava reduzido à miséria.
1905: Numa homenagem a Santos Dumont, ao discursar, José do Patrocínio sofreu uma hemoptise; faleceu a 30 de janeiro.
[editar]Obras
1875: Os Ferrões, quinzenário satírico, 10 números, em colaboração com Dermeval Fonseca;
1877: Mota Coqueiro ou A pena de morte, romance;
1879: Os retirantes, romance;
1883: Manifesto da Confederação Abolicionista;
1884: Pedro Espanhol, romance;
1885, 17 de maio: Conferência pública, no Teatro Politeama, em sessão da Confederação Abolicionista;
"Associação Central Emancipadora", 8 boletins.
[editar]Pseudônimos

Em artigos nos periódicos da época, José do Patrocínio usou os pseudônimos de:
"Justino Monteiro" ("A Notícia", 1905);
"Notus Ferrão" ("Os Ferrões", 1875);
"Prudhome" ("A Gazeta de Notícias", "A Cidade do Rio").
[editar]Representações na cultura

José do Patrocínio já foi retratado como personagem na televisão, interpretado por Antonio Pitanga na novela Sangue do meu Sangue(1969) e por Kadu Karneiro no remake Sangue do meu Sangue (1995), Valter Santos na minissérie Abolição (1988) e Maurício Gonçalves na minissérie Chiquinha Gonzaga (1999).
[editar]Bibliografia
COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo : Global.
[editar]Ligações externas
Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (em português)


-=-=-=-


Angela Davis



Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde março de 2011).

Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Googlenotícias ,livros , acadêmicoScirusBing . Veja como referenciar e citar as fontes.








Angela Davis palestrando em 2006.


Angela Yvonne Davis (Birmingham, 26 de janeiro de 1944) é uma professora efilósofa socialista estado-unidense que alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos, dos Panteras Negras, por sua militância pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos e por ser personagem de um dos mais polêmicos e famosos julgamentos criminais da recente história americana.


Angela nasceu no estado do Alabama, um dos mais racistas do sul dos Estados Unidos e desde cedo conviveu com humilhações de cunho racial em sua cidade. Leitora voraz quando criança, aos 14 anos participou de um intercâmbio colegial que oferecia bolsas de estudo para estudantes negros sulistas em escolas integradas do norte do país, o que a levou a estudar no Greenwich Village, emNova Iorque, onde travou conhecimento com o comunismo e o socialismo teórico, sendo recrutada para uma organização comunista de jovens estudantes.


Na década de 1960, Angela tornou-se militante do partido e participante ativa dos movimentos negros e feministas que sacudiam a sociedade americana da época, primeiro como filiada da SNCC de Stokely Carmichael e depois de movimentos e organizações políticas como o Black Power e os Panteras Negras.
[editar]Notoriedade e prisão


Em 18 de agosto de 1970, Angela Davis tornou-se a terceira mulher a integrar a Lista dos Dez Fugitivos Mais Procurados do FBI, ao ser acusada de conspiração, sequestro e homicídio, por causa de uma suposta ligação sua com uma tentativa de fuga do tribunal do Palácio de Justiça do Condado de Marin, em São Francisco.


Durante o verão daquele ano, Angela estava envolvida nos esforços dos Panteras Negras para conquistar a apoio da sociedade a três militantes presos, George Jackson, Fleeta Drumgo e John Clutchette, conhecidos como os “Irmãos Soledad”, por terem sido aprisionados na Prisão de Soledad, em Monterey.


No dia 7 de agosto, Jonathan Jackson, o irmão de 17 anos de George, em companhia de dois outros rapazes, interrompeu de armas na mão um julgamento num tribunal na tentativa de ajudar a fuga do réu do caso que estava sendo julgado, o amigo James McClain, acusado de ter esfaqueado um policial. Jonathan e seus amigos se levantaram do meio da assistência na sala do júri e renderam todos no recinto, conduzindo o juiz, o promotor e vários jurados para uma van estacionada do lado de fora. Ao entrar na van, Jackson gritou que queria os “Irmãos Soledad soltos até o meio dia e meia em troca da vida dos reféns”.


No tiroteio que se seguiu com a perseguição policial ao grupo, Jonathan e um amigo foram mortos pela polícia, não sem antes matarem o juiz Harold Haley com um tiro na garganta e o promotor raptado ficou paralítico com um tiro da polícia. As investigações que se seguiram identificaram a arma de Jonathan como registrada em nome de Angela Davis.







Manifestação em Boston pela libertação de Angela Davis, 1970.


Com sua prisão decretada pelo estado da Califórnia e o FBI em seu encalço, Ângela fugiu do estado e desapareceu por dois meses, sendo alvo de uma das maiores caçadas humanas do país na época, acompanhada dia a dia pela mídia, até ser presa em Nova Iorque em outubro. O julgamento de dezoito meses que se seguiu, colocou uma mulher negra, jovem, bonita, culta e politizada, assessorada por uma equipe brilhante de advogados, no centro das atenções da imprensa americana num paralelo que só seria igualado décadas depois pelo julgamento de O.J. Simpson. Nos longos debates na corte, não apenas o caso criminal envolvido veio à tona, mas uma grande discussão sobre a condição negra na sociedade americana foi travada. Manifestações diárias por sua libertação e absolvição aconteciam do lado de fora do tribunal e por todo o país, transmitidos ao vivo pela televisão.


Dezoito meses após o início do julgamento, Angela foi inocentada de todas as acusações e libertada. John Lennon e Yoko Ono lançaram a música Angela em sua homenagem e os Rolling Stones gravaram Sweet Black Angel, cuja letra falava de seus problemas legais e pedia sua libertação.
[editar]Celebridade e liberdade


Finalmente livre, Angela foi temporariamente para Cuba, seguindo os passos de seus amigos,os ativistas radicais Huey Newton eStokely Carmichael. Sua recepção na ilha pelos negros cubanos num comício de massa foi tão entusiástico que ela mal pôde discursar. De acordo com Carlos Moore, um escritor bastante crítico das relações raciais na Cuba comunista, sua visita ao país causou grande impacto entre a população negra num tempo em que expressões de identidade racial eram bem raras em Cuba. Suas credenciais revolucionárias permitiram aos nativos se identificarem de público com seus pensamentos, sem medo de serem taxados de contra-revolucionários pelo governo cubano.


Em 1975, fatos polêmicos também aconteceram, entretanto, como o discurso crítico feito contra Angela pelo dissidente russoAleksandr Solzhenitsyn em Nova York, que lhe acusava de hipocrisia em sua simpatia pela União Soviética, ao não falar sobre as condições dos prisioneiros políticos em regimes comunistas e por ignorar uma carta de presos políticos tchecos perseguidos peloEstado lhe pedindo ajuda, como celebridade comunista que era agora, para denunciar as condições em que eram submetidos na cadeia, sabendo-se, como ela, inocentes. A resposta de Angela, “eles merecem o que tiveram, que continuem na prisão”, foi bastante explorada pela imprensa na época.
[editar]Posteridade


Angela Davis candidatou-se a vice-presidente dos Estados Unidos em 1980 e 1984 como companheira de chapa de Gus Hall, presidente do Partido Comunista americano, tendo votação irrisória. Continuou sua carreira de ativista política e escreveu diversos livros, principalmente sobre as condições carcerárias no país.


Se considera uma abolicionista, não uma reformista prisional. Em suas palestras sempre se refere ao sistema carcerário americano como um complexo industrial de prisões; aponta como um das soluções para o problema a extinção do cumprimento de penas em presídios e como fator determinante da maioria de prisioneiros americanos serem de negros e latinos a questão da raça e classe social.


Nos últimos anos continua a fazer discursos e palestras principalmente em ambientes universitários e se mantém como uma figura proeminente na luta pela abolição da pena de morte na Califórnia. Em 1977-1978 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz


-=-=-=-=


Louis Farrakhan





Louis Haleem Abdul Farrakhan, originalmente chamado Louis Eugene Walcott[1](11 de maio de 1933, Nova Iorque), é o atual líder do grupo negro estadunidenseNation of Islam. Tornou-se celébre pelo sucesso a organizar a Million Man March em1995, uma manifestação que juntou quase um milhão de homens negros emWashington para protestar contra a degradação sócio-económica da minoria afro-americana.

Sucedeu à frente da NOI a Elijah Muhammad.
[editar]Biografia
[editar]Infância e família

Farrakhan nasceu no bairro nova-iorquino Bronx. É filho de imigrantes das Antilhas. A mãe chamava-se Mae Manning e nasceu na ilha de Saint Kitts. Esta casou com ojamaicano Percival Clark mas o marido cedo a abandonou. O pai de Farrakhan seria assim um outro antilhano, Louis Walcott em homenagem a quem seria batizado.[2] Farrakhan tem um irmão mais velho chamado Alvan.

Entre os antepassados por via paterna de Farrakhan, segundo o próprio chegou a dizer, existem portugueses brancos provavelmentejudeus[3]. De facto, a Jamaica, tal como outras ilhas das Antilhas acolheu cristãos novos oriundos de Portugal.[4]
Referências

Bernard Holland, "Sending a Message, Louis Farrakhan Plays Mendelssohn" , New York Times, 19 Apr 1993, acessado a 3 Dezembro de 2010
Henri Louis Gates jr., Certain ways of looking at a black man, New York, Vintage, 1997, página 130
Henri Louis Gates jr., Certain ways of looking at a black man, New York, Vintage, 1997, página 141
António Carlos Carvalho, Os judeus do desterro de Portugal, Lisboa, Quetzal, 1999, página 177


-=-=-=-

Toussaint Louverture


Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde setembro de 2010).
Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Googlenotícias ,livros , acadêmicoScirusBing . Veja como referenciar e citar as fontes.


François-Dominique Toussaint Louverture.

François-Dominique Toussaint Louverture (20 de maio de 17438 de abril de1803, Forte de Joux, La Cluse-et-Mijoux, Doubs) foi o maior líder da Revolução haitianae, em seguida, governador de Saint Domingue, o nome do Haiti na época.

É reconhecido por ter sido o primeiro líder negro a vencer as forças de um império colonial europeu em seu próprio país. Nascido escravo, tendo sua formação em armas e tendo levado uma luta vitoriosa para a liberação dos escravos haitianos, ele passou a ser uma figura histórica de importância no movimento de emancipação dos negros na América.
[editar]A influência da revolução francesa na independência do Haiti

A revolução para independência do Haiti iniciou-se em 1791, tendo á frente o líder negro Toussaint-Louverture e, como pano de fundo, os incêndios nos canaviais. Em 1794, quando o governo aboliu a escravidão nas colônias, os haitianos já tinham conquistado sua liberdade. Tossaint-Louverture, porém, manteve a região ligada à federação francesa. Em 1801, o líder haitiano libertou os escravos da porção espanhola da ilha (a atual República Dominicana).

A característica peculiar do processo de independência do Haiti foi a participação maciça dos negros, que defendiam a liberdade, a igualdade e o direito à propriedade de terras.

A revolução, no entanto, não agradou Napoleão, já que a libertação dos escravos diminuiu os lucros com o que era outrora a mais lucrativa colônia francesa. O Imperador francês enviou para a colônia seu cunhado, Charles Leclerc, com a intenção declarada de depôr Louverture e com a intenção secreta de reinstaurar a escravidão na ilha. Leclerc consegue apoio de pessoas próximas de Louverture e por fim consegue que o auto-declarado governador do hoje Haiti assine um acordo em 7 de maio de 1802 no qual, no entanto, a escravidão continua sendo proibida.

Toussaint Louverture então se ausenta para uma fazenda que, depois de três semanas é atacada por tropas de Leclerc. Toussaint e sua família são enviados para a França e aprisionados. Na prisão, em 1803, Louverture finalmente morre de pneumonia e é enterrado sem caixão em uma caverna debaixo da capela da prisão.
[editar]Ligações externas


Nenhum comentário: