Cineasta mostrará versão de que Jesus é filho de estuprador

 

O próximo filme do holandês Paul Verhoeven está causando polêmica antes mesmo de começar a ser gravado. Ele apresentará a versão de que Jesus nasceu do estupro de Maria por um soldado romano — uma violência, aliás, comum quando a Palestina esteve sob o domínio de Roma.

O filme tem como base o livro Jesus of Nazareth, de autoria do próprio cineasta, que é mais conhecido pelos seus filmes Robocop e O Vingador do Futuro. 

Verhoeven é fã do Jesus humano, e não daquele que se apresenta como filho de Deus. Por isso, no filme, ele deixará de lado o milagreiro e dará destaque ao Jesus ético, político e histórico.

Essa versão parece ser muito mais condizente com estes tempos de avanço da secularização em vários países, embora, para pegar uma referência brasileira, haja o risco de o filme se render a um proselitismo político parecido com aquele que o PT fazia antes de chegar ao poder (e deu no que deu). 

Para escrever o livro, Verhoeven fez uma longa pesquisa sobre Jesus, chegando à conclusão de que se trata de um profeta radical que teve forte atuação política. 

“Se você se detiver no homem, fica claro que se trata de um inovador no campo da ética porque apresentou uma visão aberta em relação ao mundo, em contraposição à dominação dos romanos”, disse Verhoeven. “Minha paixão por Jesus surgiu quando comecei a perceber isso.” 

Verhoeven é o cineasta

do Exterinador do Futuro

“Os ideais de Jesus estão relacionados a uma utopia do comportamento humano, falam sobre como devemos tratar uns aos outros e como devemos nos colocar no lugar de nossos inimigos.” 

Verhoeven disse que não foi fácil encontrar financiadores para o filme. Poucos têm interesse em se associarem a um Jesus demasiadamente humano e filho de um estupro. Demorou anos até que a Muse Productions resolvesse bancar a filmagem. Não há informação sobre o montante do valor a ser investido. 

O filme deverá ser lançado ao final de 2014 ou começo de 2015. Se até lá Verhoeven e a produtora sobreviverem à pressão de líderes religiosos que não admitem a ideia de um Jesus sem efeitos especiais, que não transforme água em vinho, por exemplo, e que não ressuscite. 

Com informação do Christian Post.

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