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quinta-feira, 27 de junho de 2013

JUDEUS NO URUGUAI



O Uruguai tem uma comunidade judaica velha e estabelecida e seu desenvolvimento corre em paralelo ao desenvolvimento do país 

Existem poucos documentos que contam a história dos judeus na época do período colonial, mas há indícios de que havia alguns marranos vivendo lá no século XVI. Em 1726, o governador de Montevidéu conclamou os primeiros colonizadores a serem “pessoas de valor, de hábitos, reputação e família, para que eles não sejam inferiores, nem da raça Moura ou Judaica”. Em 1770 é de quando se tem o primeiro registro de presença judaica no Uruguai. Com o fim da Inquisição em 1813, o sistema político e social de Uruguai evoluiu a um nível maior de tolerância. Isto forneceu a base para a residência Judaica continuar por lá. 

Em 1905, há relato da chegada de vários judeus ao Uruguai. Apesar disso, o primeiro minyam de que se tem certeza que existiu data de 1912. Em 1909, 150 judeus viviam em Montevidéu, a cidade com a maior população judaica no Uruguai. Em 1917 a primeira sinagoga da comunidade é aberta. 

Para muitos judeus o Uruguai era uma parada temporária para o Brasil e a Argentina. 

Em 1929, a comunidade de judeus Ashkenazi fixou a rede educacional. As escolas judaicas têm funcionado em várias partes do país desde os anos 20. Nos anos 30, o movimento fascista vinha crescendo e com isso os judeus sofriam uma repressão na sociedade uruguaia. Este tratamento com a comunidade judaica diminuiu bem perto da 2ª Guerra Mundial devido à administração do general Alfredo Baldomir, um anti-fascista. 

Após a criação do Estado de Israel e o êxodo forçado de judeus para fora de terras árabes, muitos judeus vieram para o Uruguai (cerca de 18.000). Entre outros lugares, estes judeus vieram de Argélia, do Egito e de Rhodes. 

Durante o começo do estabelecimento judaico na região os judeus trabalharam na área de comércio, na indústria e nos ofícios e em outros trabalhos assalariados. Houve várias tentativas falhas de se criar uma forte agricultura por meio dos judeus. Já em 1920 os judeus se tornaram predominantemente classe média e seu desempenho espelhava o restante da classe média em geral. 

Com relação à religião no Uruguai a comunidade judaica é predominantemente secular, mas mantém a observância de elementos básicos do judaísmo. Em termos organizacionais, as funções religiosas e seculares estão separadas desde 1942. A vida cultural judaica é a expressão predominante da identidade judaica no Uruguai e existe uma comunidade organizada de humanistas seculares no país. Em meados da década de 90, havia 14 sinagogas Ortodoxas e uma 1 Masorti (Conservadora) e dois rabinos ortodoxos e dois conservadores. O crescimento da comunidade Masorti se deve em parte devido ao crescimento da população do escola rabínica Seminário Rabinico Latinamerico, do movimento conservador na Argentina (uma das 5 escolas rabínicas conservadoras do mundo). O Chabad-Lubavitch também mantém um centro e diversas escolas em Montevidéu, além de um centro em Punta del Este. Dados de 2003, O Uruguai tem 20 sinagogas, mas apenas seis realizam serviços semanais de Shabat e apenas a sinagoga Centro Comunitário Yavne funciona todos os dias. O sinagoga NCI é a kehilá-mãe da Chazit Montevidéu. 

A comunidade judaica do Uruguai é composta de 10.000 famílias de descendência Polonesa, Russa, Húngara e Alemã. Aproximadamente 75% dos judeus do Uruguai são Ashkenazi, enquanto somente 11% são de descendência Sephardi, entretanto nem sempre foi assim. Entre 1917-1918, 75% da população judaica era Sephardi. 

O Uruguai tem escolas sionistas e não sionistas, Ashkenazi e Sepharadi. Os movimentos juvenis tais como o Chazit Hanoar, Maccabi, HaShomer HaTzair, HaNoar HaTzioni, Betar e outros dão a instrução informal da juventude. No Uruguai existem 8 organizações sionistas fortes e é o único local aonde é autorizado se fazer testes para a entrada na universidade de Israel 

A comunidade judaica do Uruguai é menos de 1% da população total e que vem de um declínio constante desde os anos 70 devido principalmente a emigração. Há também poucos judeus com cargos políticos no Uruguai. Devido e a forte crise econômica que afetou grande parte da América Latina no começo do século XXI cerca de metade da comunidade judaica uruguaia (40.000) emigrou, a maior parte pra Israel. Hoje 23.000 judeus moram no Uruguai, cerca de 95% em Montevidéu.

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