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terça-feira, 10 de março de 2015

Paris, Capital Maçônica


Tradução José Filardo
Por Vincent Nouzille (Le Figaro)

Do Louvre à Torre Eiffel, passando pelo Pantheon ou o Grande Arche de la Défense, a Cidade Luz parece ter sido pensada por “filósofos”. Visita guiada.

A Cidade Luz é assim chamada adequadamente. Do Panteão à Torre Eiffel, muitos seus monumentos mostram traços de símbolos maçônicos. “Muitas vezes são pequenos toques, mais que por um grande projeto organizado,” diz Emmanuel Pierrat, co-autor de Paris e os Maçons. “Não se deve interpretar excessivamente os sinais, mas alguns construtores irmãos realmente marcaram a cidade com suas logomarcas, incluindo referências antigas, muito populares nos séculos XVIII e XIX e em nossos rituais,” adiciona o iniciado Raphaël Aurillac, autor do Guia Maçônico de Paris. Ali está uma descoberta não exaustiva dos lugares parisienses onde o visitante alerta pode detectar piscadelas de maçons.

O monumento dos direitos humanos de Champ-de-Mars



Créditos da foto: Xavier Richer/Photononstop/Xavier Richer/Photononstop



Este pequeno assinado por Ivan Theimer foi erguido em 1989 para o 200º aniversário da Revolução francesa. Ela celebra as virtudes do Iluminismo e o espírito de liberdade, ali onde, em 1790, teve lugar a primeira festa da Federação inspirada por La Fayette, e posteriormente as celebrações do ser supremo desejadas por Robespierre.

Os ornamentos egípcios do monumento e os símbolos esotéricos (desenhos de Newton, delta radiante, sol,) que parecem alimentar a imaginação de seus visitantes.

O Grande Arche

Créditos da foto: Richard VIALERON/Le Figaro

O Grande Arche, inaugurado em 1989, fecha a oeste do eixo vindo do Louvre, como uma pedra esculpida, polido ao extremo. «Um cubo aberto, uma janela para o mundo», de acordo com seu arquiteto Otto von Spreckelsen. Última porta, como na antiguidade, para o mundo dos mortos, ela lembra aos irmãos sua absoluta busca da perfeição e a transição “para o Oriente eterno. No topo, o escultor Raynaud projetou um pavimento com doze signos do zodíaco, homenagem ao céu, que são encontrados nas naves dos templos maçônicos.

O Louvre

Os fundadores do Museu, em 1793, não eram maçons. Mas seu primeiro curador, o egiptólogo Dominique Vivant, Barão Denon, era. Assim como seu arquiteto, Pierre Fontaine, que o completou sob o Império. Seu projeto geral recorda os três espaços de um templo: a praça em frente, em torno do Carrossel, forma sua entrada secular; o pátio Napoléon sua nave sagrada; o pátio quadrado seu espaço secreto, localizado no Oriente. Suas fachadas são pontilhadas com antiga imagem adotadas pelos maçons: apertos de mão fraternais, esquadros, compassos, representações de Ísis e Osíris, letra H que lembra a Hiram, o arquiteto venerado do Templo de Salomão.

Créditos da foto: M.CASTRO /URBA IMAGES/URBA IMAGES SERVER

Se as estruturas de vidro do arquiteto chinês Pei não foram inspiradas pelos irmãos, elas enriquecem simbolicamente a obra. A pirâmide invertida, que mergulha no subsolo parece apelar pela busca interior que os antigos alquimistas resumiam na fórmulaVisita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem(V.I.T.R.I.O.L.) “Visite o Interior da terra, a corrigindo, você encontrará a pedra escondida”. Um lema maçônico.

O Panteão

Créditos da foto: Alain AUBERT/Le Figaro







Projetado em forma de uma cruz grega, a Igreja neoclássica do arquiteto maçom Jacques – Germain Soufflot, desejada por Louis XV, foi colocada sob as mãos de um iniciado, o abade Pingré, Canon de Sainte-Geneviève, antes de ser dedicada, em 1791, aos “grandes homens da época da liberdade francesa”. Colocado sob o culto católico sob o Império, o Panteão tornou-se um templo secular e um cemitério nacional sob a influência de líderes iniciados da Terceira República. Em sua cripta repousam muitos “grandes homens” maçons, incluindo Voltaire, Victor Hugo e Victor Schoelcher.

A estátua da liberdade

Créditos da foto: Jean-Christophe MARMARA/Le Figaro

Réplica daquela de Nova York, projetada pelo irmão Auguste Bartholdi, com a ajuda de Eiffel, a de Paris instalada na Ilha dos Cisnes, é uma homenagem aos ideais maçônicos dos pais da revolução americana (Franklin, Washington) e seus irmãos franceses (Lafayette e Rochambeau).

Ela foi erguida a partir de 1884, graças aos esforços de maçons americanos e franceses, incluindo o Presidente Theodore Roosevelt. A placa comemorativa do centenário da primeira pedra está decorada com um compasso e um esquadro.

Uma outra Liberdade, menor está instalada no jardim de Luxemburgo. E nós devemos a Bartholdi, a estátua de La Fayette e Washington fraternalmente apertando as mãos, na praça dos Estados Unidos.

A Place de La Concorde e o eixo histórico

Créditos da foto: François BOUCHON/Le Figaro

A via triunfal, que parte do Louvre e que vai ate La Defense passando pela Place de la Concorde, agrada aos iniciados. Ela representa o curso da vida, do nascimento à morte, o caminho do sol do Oriente ao Ocidente. Esta linha pura é marcada, no ponto do equinócio, pelo Obelisco de Luxor, totem do poder do deus Ra e símbolo do caminho perfeito do equilíbrio. Não é coincidência que o gestor de sua transferência do Egito, em 1839 foi o Barão Isidore Taylor, um irmão eminente. A presença de dois templos – este pacífico de leis com a Assembleia Nacional ao Sul e o antigo templo (guerreiro) da Grande Armée, hoje igreja de la Madeleine ao norte – completam, de acordo com alguns especialistas, o dispositivo esotérico, opondo o bem e o mal, a luz do meio-dia à noite da estrela do Norte.

A Torre Eiffel

Créditos da foto: François BOUCHON/Le Figaro

A ideia de sua edificação para a exposição de 1889 germinou no seio da loja Alsace-Lorraine, da qual Gustave Eiffel era um dos dignitários. Seu design parece ter inspiração maçônica.

Uma verdadeira pirâmide, com um farol iluminando a cidade das luzes, a torre tem três andares, um aceno para os três primeiros graus da iniciação, o de aprendiz, companheiro e mestre.

Desafio final: ela é mais alta que o topo do Sacré-Coeur de Montmartre, o que constituiu para seus arquitetos maçons uma pequena vitória sobre a Igreja …

O frontão da Assembleia Nacional

Créditos da foto: Jean-Christophe MARMARA/Le Figaro

Considerado “patrimônio nacional” em 1791, o Palais Bourbon, construído 50 anos antes, foi reformado e transformado na Câmara dos Deputados a partir de 1827 pelo arquiteto Jules de Joly, filho de um porta-voz do Grande Oriente. A decoração da sala de passos perdidos e o teto do salão da paz foram confiados ao irmão Horace Vernet. O atual frontão foi esculpido entre 1838 e 1841 por Jean-Pierre Cortot, membro da loja Grand Sphinx. Duas mulheres, portando esquadro e compasso misturam-se às personagens que cercam a França vestida à antiga.

A estátua da Place de la Nation

Créditos da foto: Christophe Lehenaff/Photononstop/Christophe Lehenaff/Photononstop

O gigantesco grupo em bronze O triunfo da República, assinado por Aimé – Jules Dalou em 1899, representa particularmente as virtudes republicanas (o Gênio da Liberdade, o Trabalho, a Paz, a Justiça, a Abundância).

Ao pé da Marianne, de pé sobre seu carro podem ser vistos símbolos maçônicos, tais como o esquadro, a colméia e a acácia.

Protegida por um ferreiro de avental, uma criança tem em seus braços um livro, um compasso, uma regra, um formão…

Os afrescos do Palácio d’Iéna

Créditos da foto: François BOUCHON/Le Figaro

Mosaicos foram adicionados em 1992 sobre as fachadas do edifício que abriga o Conselho Econômico, social e ambiental.

Criados pelos escultores Royne e Guardici, eles representam alegorias claramente maçônicas, tais como a pedra polida, a abóbada estrelada, a pirâmide, os três primeiros graus da vida dos “iniciados” e “a cadeia de União fraternal”.


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