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segunda-feira, 23 de março de 2015

VINHOS LARANJA



Didú Russo, Ed. VINHOS


Você já deve ter ouvido falar em vinho laranja. Está meio na moda, muita gente falando dele. Na verdade, o que chamam de vinho laranja é o vinho de uvas brancas que tem fermentação com as cascas, cujos antocianos dão cor ao vinho.

Antigamente, muito antigamente, todo vinho branco fermentava com as cascas e era “laranja”, mas, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, percebeu-se que a facilidade de oxidação dos vinhos brancos era maior que a dos vinhos tintos e passou-se a fermentar os brancos sem as cascas. A uva é prensada e depois se retiram os sólidos para a fermentação.

No final do século passado, porém, aconteceu um fato interessante no mundo do vinho. Um homem chamado Josko Gravner, produtor afamado do Friuli-Venezia Giulia, que fazia o melhor chardonnay da Itália e ostentava os famosos “Tre Bicchieri” do Gambero Rosso (guia de vinhos da Itália), resolveu voltar ao passado.

Visitando vinícolas pelo mundo ficou admirado com dois extremos. De um lado, o biodinâmico Romanée-Conti, que expressava a pureza e a delicadeza de um terroir absolutamente excepcional; de outro, o festival de tecnologia e uso químico no vinho da Califórnia. Gravner teve um estalo, voltou ao passado mais remoto do vinho, a Geórgia, e resolveu transformar sua premiada vinícola.

Gravner se desfez de toda a sua maquinaria, importou enormes ânforas de argila da Geórgia e passou a fazer seus vinhos como os antepassados! Ele não gosta que chamem seus vinhos de laranja, pois os considera de cor âmbar, mas ele ficou como um pai do vinho laranja, que vem crescendo em diversos países produtores da bebida. Aliás, um detalhe: Gravner voltou a conquistar os “Tre Bicchieri” do Gambero Rosso e hoje é ainda mais importante do que era.

No Brasil, você encontra alguns bons exemplares de vinho laranja, que são caros. Anote: Gravner Ribolla Gialla (R$ 433, no www.decanter.com.br); Renosu Dettori, da Sardenha (R$ 109, também no www.decanter.com.br); Attems Ramato Pinot Grigio (R$ 108, na www.ravin.com.br); ou ainda os brasileiros Era dos Ventos Peverella (R$ 150) e Domínio Vicari Sauvignon Blancou Ribolla Gialla (na www.saintvinsaint.com.br)

Fonte: http://www.diplomatique.org.br/


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