Após adoção, apaixonados por vinho tornam-se pais, irmãos, tios ou primos do produto
ELISA CLAVERY
Publicado:12/03/15 - 6h56
Atualizado:12/03/15 - 6h56
Os fundadores Luca Comello, Luca Latronico e Alessandro Antonutti e as colaboradoras da startup Elisa Cabras, Laura Tonelli e Silvia Guerra
ERIK CANCIANI - UDINE - ITALY / DIVULGAÇÃO
RIO - Mais do que apreciar um bom vinho, tornar-se o pai (ou a mãe) do produto. Essa é a proposta da startup italiana The Winefathers, criada há três meses na cidade de Udine. A partir de contribuições financeiras, apaixonados pelo vinho artesanal da Itália podem se tornar pais, irmãos, tios ou primos do produto e, assim, participar de colheitas da uva, visitar adegas e produções locais, além de ganhar descontos e presentes.
O grau de parentesco é definido de acordo com as doações: tornam-se primos aqueles que doarem 100 euros; tios, 200 euros; irmãos, 500 euros; e pais aqueles que desembolsarem 1000 euros. Após “adotar” uma das vinícolas, o parente é atualizado pelo enólogo através de fotos, vídeos e e-mail sobre o andamento do projeto. Todos os usuários ganham um certificado da vinícola, mas quanto mais alta for a contribuição, maior será a recompensa. Pais e filhos, por exemplo, têm o direito de passar uma ou duas noites na vinícola, visitar as vinhas, saborear os produtos locais, fazer um curso de culinária local, ganhar garrafas de vinho com rótulo personalizado e participar da colheita.
Embora a ideia se assemelhe a outros projetos crowdfunding, a startup italiana apresenta uma particularidade: o que oferece em troca do financiamento coletivo é a experiência.
— A diferença fundamental é que o The Winefather permite que os usuários vivam uma experiência autêntica no mundo dos vinhos e se apaixonem pelo trabalho dos produtores italianos — conta Luca Comello, que fundou a startup ao lado dos amigos Luca Latronico e Alessandro Antonutti.
O site, que apresenta versões em inglês e italiano, atende principalmente a usuários estrangeiros que desejam descobrir o vinho e a cultura italiana. Basta entrar na página e escolher um dos projetos associados. Segundo Comello, embora nenhum brasileiro tenha se tornado “parente” ainda, o projeto pode ser vantajoso para os turistas daqui.
— Enviar vinho artesanal da Itália para o Brasil não é fácil e nossos lojistas são pequenos. Mas, ao se tornar um Winefather, o usuário pode vir ao país, passar um tempo com nossos enólogos e saborear o melhor da gastronomia italiana — explica um dos fundadores da startup. — Se usuários brasileiros se interessarem, podemos até organizar um tour guiado pelos mais belos ângulos da Itália — promete Comello.
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