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quinta-feira, 12 de março de 2015

República dos Estados "unidos" do Brasil

É certo que a humanidade não conseguirá, jamais, ter um só pensamento, isto porque a própria natureza já nos mostra (pelas diferenças de digitais, de iris dos olhos, etc...) que cada indivíduo é um universo bio-psico-social diverso dos demais.
Mas, em matéria de participação política - pensando no interesse supraindividual, ou seja, no interesse geral - precisamos de união e não de partidarização.
A estrutura do poder político é fracionada em "partidos" no afã de enfraquecer tal união e, quanto mais forem, mais fácil para os bem estruturados assumirem o domínio da nação, desvirtuando tudo, em prejuízo do povo.
Para os que não pretendem respeitar a soberania popular, a partidarização constitui expediente adequado e infalível. Criar partidos é o mesmo que dividir. E a intenção de dividir sempre foi, no íntimo, a de dominar com facilidade. 
Faz-se assim também com os países grandes. Assim foi feito na Europa, na América, no Oriente Médio, etc...
No Brasil, a abundância de partidos não significa apenas a multiplicidade de ideias e programas, mas, sobretudo, a representação de interesses setoriais, não universais. Existem partidos que representam o agronegócio, as religiões, os comunistas, etc...Ninguém se preocupa, efetivamente, em defender os interesses nacionais. 
Aliás, para a maioria, falar em patriotismo ou nacionalismo constitui repugnante ensaio de xenofobia, embora admitam a mesma posição (e até achem bonito) quando os valores nacionais são defendidos pelos norte-americanos, por exemplo. 
Gorbachov (ou Gorbachev) e companhia dividiram a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), por encomenda de outras potências e Putin está enfrentando um verdadeiro calvário na tentativa de reunificar os estados que foram separados. Note-se que a ideia de "união" e de "unidos" está presente não só naquele pedaço do leste europeu, como na América do Norte e houve tempo em que nosso país já foi chamado de República dos Estados "unidos" do Brasil (Constituição de 1891). A mudança para "República Federativa do Brasil" teve motivação contrária à ideia de união. 
Há algum tempo vi-me refletindo sobre a verdadeira motivação para a criação de Brasília e passei a pensar que foi o desiderato de separar o sul da outra parcela do território brasileiro, além, é claro, de propiciar o enriquecimento de banqueiros, diante das despesas absurdas inerentes à estruturação de uma cidade totalmente nova, onde nada de civilização existia, o que demandou a busca de financiamentos e endividamento da nação. 
Não foi por acaso que Juscelino, o mentor de Brasília, era grande amigo dos capitalistas internacionais, tendo sido o responsável pela criação da indústria automobilística internacional que aqui se implantou.
Quando foram implantadas ferrovias no Brasil, a sacanagem restou mais que evidente. Para dividir as nossas forças, cometeu-se a heresia de implantar ferrovias com bitolas diferentes nos trilhos, impossibilitando, assim, a livre circulação das composições pela integralidade do território.
Mais recentemente, gente nada patriótica começou a propugnar a separação do sul do restante do território brasileiro. Tais pessoas, maldosamente facciosas (de facção, partido, separação) deveriam ser responsabilizadas criminalmente pela perniciosa pregação, que representa, no fundo, traição aos interesses nacionais.
Em conclusão: urge que se estruture um coletivo nacionalista de unificação do país, no afã de defender, contra a ganância dos capitalistas internacionais, nossas riquezas e a integridade do território nacional, para enfrentar, em todos os sentidos, as iniciativas daqueles que querem ver as forças vivas da nação esfaceladas e, portanto, impotentes. E nem se pense que isto passa pelos militares eventualmente patriotas (parece que temos pouquíssimos), tão somente. Todos nós brasileiros, civis ou militares, temos a responsabilidade de pugnar por tal objetivo, sob pena de sermos julgados covardes (ou descerebrados) pelas gerações futuras. 
Proponho que voltemos a nos conhecer, internamente e no trato com os demais povos, como no tempo da Proclamação da República: Estados Unidos do Brasil (e não Brasil dos Estados Unidos).
Precisamos retomar as riquezas nacionais que foram entregues a grupos estrangeiros e colocá-las ao serviço dos interesses do nosso povo, não significando isto que precisemos nos isolar e deixar de cooperar com o atendimento às necessidades dos outros povos, desde que sejamos correspondidos. Estabelecer trocas equitativas é salutar. Permitir que nos enganem e esbulhem, impunemente, é dar demonstração inequívoca de estultície e abrir mão do respeito que nos devem.
Entregar o país, ou permitir que seja tomado, sem esboçarmos qualquer reação, é postura abominável e desonrosa, razão pela qual devemos repelir, uma ou outra circunstância, com todas as nossas forças. Atentemos para os entreguistas, pouco importando a coloração partidária que ostentem. Eles são o que de mais pernicioso existe para os interesses coletivos nacionais, sejam de esquerda, de centro ou de direita. Todo entreguista é um traidor repugnante e como tal deve ser tratado.

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