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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Policiais federais em greve fazem protesto em Copacabana





Trinta placas, lembrando grandes operações da PF desenvolvidas no país, como Satihagara, Anaconda, Matusalém, Sanguessuga, Mãos Limpas, Voucher, Navalha, Mãos Limpas e Caixa de Pandora, foram fincadas nas areias da praia de Copacabana nesta quarta-feira (19). A ação fez parte do protesto organizado por agentes, escrivães e papiloscopistas, que estão em greve há 42 dias, exigindo a reestruturação da carreira e salarial.

Mobilizados na segunda mais longa greve da história - a última foi em 2004 e durou 60 dias - , cerca de 200 pessoas, entre policiais federais e seus familiares, participaram do ato de protesto, em frente ao Hotel Copacabana Palace, onde foi estendida uma bandeira de 25 metros de comprimento, com a inscrição SOS Polícia Federal. Cerca de mil balões, representando os quase mil dias de negociação, serão soltos. 

Nesta terça-feira (19), o Sindicato dos Servidores do Departamento da Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ) e o Comando de Greve apresentaram à imprensa informações sobre a greve da categoria, durante coletiva no Hotel São Francisco, no Centro da cidade. O motivo seria as insinuações do Governo Federal de que a greve, iniciada no dia 7 de agosto, seria apenas de natureza salarial.Cerca de 200 pessoas, entre policiais federais e seus familiares, participaram do protesto 

O presidente do Sindicato, Telmo Correa dos Reis, esclareceu os principais pontos que têm motivado os policiais federais a permanecer em greve. “Hoje o policial federal trabalha sem atribuição em lei. E o governo usa disso para não pagar a mais no salário. Nossa atividade exige nível superior em concurso público, mas ganhamos como nível médio em comparação a outras carreiras de estado. Na Abin (Agência Brasileira de Imprensa), por exemplo, a discrepância chega a 100%, embora tenham 10% das atribuições que exercemos, como analisar, coordenar e planejar", explicou.

Segundo ele, hoje não há plano de carreira e a categoria sequer consegue repor o efetivo com os concursos - a estimativa é que cerca de 200 policiais federais deixem os quadros da instituição a cada ano, em busca de melhores salários e condições de trabalho em outras áreas, inclusive no próprio serviço público. Telmo alertou para o sucateamento da PF, causado pela redução do efetivo e pelas terceirizações em postos estratégicos e constitucionalmente de atribuição dos policiais federais, como o controle de imigração. "O número de policiais está baixíssimo e deveria aumentar em pelo menos 5 mil. Estamos há seis anos sem reajuste ou correção e o aumento é apenas a consequência da valorização profissional”, explicou.

O presidente do Sindicato ainda criticou as ameaças do Governo Federal de colocar a Força Nacional para substituir os policiais federais durante eventos esportivos, como Copa 2014 e as Olimpíadas 2016. “Isso é atribuição exclusiva da Polícia Federal, inclusive, essa manobra violaria a Constituição. É uma responsabilidade de nível superior. Sem contar que todo mundo sabe que Exército, Marinha e Aeronáutica não estão preparados para isso”, disse Telmo Correa, que explicou que a PF não aceitou a proposta de aumento oferecida, pois o valor não atende às reivindicações.

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