Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Equideocultura - Protetores pedem fiscalização para o uso de cavalos em Petrópolis


Proposta é de que os bichos e seus proprietários sejam registrados para evitar abusos, hoje recorrentes

AMANDA MOURA (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)


Exemplo: charretes do Centro Histórico têm cavalos e seus proprietários são registrados na prefeitura Bia Guedes / Agência O Globo


PETRÓPOLIS - Petrópolis é uma cidade com grande apelo turístico, e lugares para visitar não faltam. Museu Imperial, Palácio de Cristal e Casa de Santos Dumont são apenas alguns exemplos do que o município oferece. Entretanto, entre todos esses símbolos, um se destaca: os cavalos. Eles já foram incorporados ao roteiro dos visitantes e chamam atenção por ondem passam. Seja no Centro Histórico, no Quitandinha ou em Nogueira, eles fazem parte da tradição da região. Porém, uma questão constantemente vem à tona: a necessidade de vigilância sobre os cuidados com os bichos.

A exemplo do que ocorre desde 2008 com os cavalos que puxam as charretes nos arredores do Museu Imperial, cujos bichos têm chips que os identificam e os seus proprietários são registrados, a grande questão levantada pelos protetores de animais petropolitanos é que esse modelo se repita com os bichos de outros locais.

— São realidades completamente diferentes. Com a regularização desta atividade no Centro Histórico, caso ocorra qualquer denúncia de maus tratos sabemos exatamente a quem acusar. Mas nos outros locais, quando acontece esse tipo de problema, ninguém assume a culpa e não podemos responsabilizar ninguém. Os cavalos são explorados, mas, quando sofrem qualquer abuso, não aparecem os proprietários — afirma Ana Cristina Ribeiro, coordenadora da ONG de proteção aos animais Animavida.

Ela é uma das principais vozes da cidade na luta para que casos como o que aconteceu em junho deste ano, quando um cavalo caiu por exaustão em pleno centro da cidade, não volte a ocorrer.

— Neste caso, o charreteiro teve a licença caçada. Mas isso só só foi possível porque ele era registrado e pudemos saber exatamente a quem culpar. Por isso, é tão importante que esse modelo seja reproduzido em todo o município. Essa, agora, é a nossa principal causa — declara Ana Cristina.

A maioria dos charreteiros do Centro Histórico, das chamadas Vitórias, também defende que a regularização, pela qual eles passaram há alguns anos, se repita nas outras regiões da cidade, pelo bem da tradicional atividade e, claro, dos cavalos.

Tradição de cuidados e afeto

A equipe de reportagem do GLOBO-Serra passou uma manhã inteira nos três principais locais de Petrópolis onde há cavalos trabalhando. Enquanto no Quitandinha e em Nogueira qualquer tentativa de aproximação foi encarada com desconfiança, no Centro Histórico, os proprietários dos bichos relatavam um pouco de suas histórias com os bichos com empolgação e carinho.

A família Raposo, por exemplo, tem vários representantes na função. Roberto Raposo, presidente da associação dos condutores das vitórias, é um deles. Há 39 anos o charreteiro herdou a profissão do pai.

— Ele está há 60 anos como charreteiro e ensinou o ofício para os filhos. Os nossos cavalos são analisados pelo veterinário trimestralmente e achamos uma ótima iniciativa a regularização desta atividade, que é uma marca, não somente da nossa família, mas também da cidade — diz Raposo.

Em nota, o Núcleo do Bem-Estar Animal, da Secretaria de Meio Ambiente, afirma que vem buscando evoluir nas questões que se referem aos equídeos. Entre as ações realizadas, está o curso de capacitação, que é oferecido a todos os condutores de Vitórias da cidade, no qual eles recebem orientações sobre cuidados com a saúde dos animais e procedimentos necessários para garantir o bem-estar dos bichos.

Entretanto, sobre a situação, ainda sem regularização, dos cavalos de Nogueira e do Quitandinha, a nota do órgão somente informa que há estudos sobre os casos e que, em breve (sem uma data definida), o projeto, já implantado no Centro Histórico, será levado para estes locais.

Os cidadãos podem denunciar maus-tratos contra os animais entrando em contato com o núcleo, pelo telefone (24) 2246-9140.

Segundo o órgão, as denúncias, depois de recebidas, são registradas e a veterinária responsável vai ao local averiguar a situação. Ainda de acordo com o órgão, dependendo da seriedade, o responsável pelo animal em questão pode ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/

Nenhum comentário: