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domingo, 6 de outubro de 2013

Spray aos baldes

Se tem um governo truculento, asqueroso, desumano é o do governador do RJ, Sérgio Cabral. O sujeitinho é arrogante e não admite oposição, reprimindo com violência inaudita os seus opositores. Já passou da hora do Ministério Público e da OAB adotarem medidas jurídicas contundentes contra o caudilho da Guanabara, ou de alguém destroná-lo por meio menos ortodoxo, mesmo. Ou o RJ estará revivendo o clima da Confederação dos Tamoios.

Ele, como nenhum outro projeto de ditador, merece qualquer respeito. Nem ele, nem o Eduardo Paes, outro safado que foi alçado ao poder e tem iguais pretensões ditatoriais.

Estão a precisar de uma lição de vida, porque não se emendarão com facilidade. Cabras safados!!!

Outra providência urgente: Alguém precisa explodir a fábrica que produz spray de pimenta e outros produtos do gênero no Brasil, ou pegar os seus donos e encher-lhes a bunda com o seu produto, para que experimentem a sensação "maravilhosa" que  provoca. O comandante da PM/RJ também precisava receber generosos jatos daquela imundície no rabo, para deixar de ser capacho do governador e atender os caprichos do nojento. 
  
Os policiais, ao seu turno, deveriam negar-se a utilizar aquela nojeira contra manifestantes, pois tal prática constitui  gesto de manifesta covardia, indigno de soldados que se prezem, tão indigno quanto jogar um cavalo contra as mesmas pessoas descontentes com as omissões ou políticas públicas. 

A comunidade judaica do RJ, da qual o Cabral faz parte e que é bastante poderosa, necessita chamá-lo para uma conversa franca - já que ele parece desconhecer o limite entre autoridade e autoritarismo -  e colocá-lo no devido lugar, evitando que continue agindo como um nazista contra as massas descontentes, ou será considerada omissa e conivente, passando a suportar o desgaste da sua imagem perante opinião pública, juntamente com ele e o prefeito. Salvo se não der a menor bola para a opinião pública.


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Historiador diz que a polícia da ditadura militar era menos violenta que a atual PM carioca - transformada, segundo ele, em guarda do poder


Felipe Werneck - O Estado de S. Paulo

RIO - Desde junho, o professor titular de História Contemporânea da UFRJ Francisco Carlos Teixeira da Silva acompanha de perto as manifestações no Rio. Ele prepara com o documentarista Eryk Rocha, filho de Glauber, um filme sobre o que acontece nas ruas. Na terça, porém, sua proximidade com o tema chegou a deixá-lo sem respiração. Silva recebeu um jato de pimenta de um spray gigante, recente aquisição da Polícia Militar, e precisou tirar a camisa e cobrir o rosto para se proteger das bombas de gás lançadas pelos policiais na Cinelândia.






Marcos de Paula/Estadão
'O jato parecia de extintor. Pus a camiseta na cara', diz o professor

O professor diz que o Rio virou o epicentro dos protestos no País por ser uma cidade essencialmente de classe média e porque houve total falta de sensibilidade das autoridades e perda de governabilidade no Estado. Também afirma não temer comparações entre o que ocorre hoje e os protestos estudantis do período militar: "A polícia da ditadura era menos violenta do que a polícia do governador Sérgio Cabral".

Especializado em história social, com pós-doutorado na Alemanha, Silva criou o Laboratório de Estudos do Tempo Presente da UFRJ e foi subsecretário de Educação no governo Brizola, na década de 1980. Conhece bem a causa dos professores, em greve há 51 dias. Para ele, o plano de cargos e salários da categoria do prefeito Eduardo Paes é "absurdo", assim como sua aprovação por uma Câmara de Vereadores sitiada. "Me deixa perplexo que o Legislativo não tenha tido pudor em continuar legislando com a rua tremendo de bombas."

O refluxo da maré

"Está claro que o Rio virou o epicentro das manifestações. Embora tenham começado em Porto Alegre e explodido em São Paulo, as maiores ocorreram no Rio. Teve um refluxo, mas nunca parou. E abriu-se um período de greves setoriais. A bancária é muito forte. O Rio centralizou isso porque, em primeiro lugar, é uma cidade de classe média, de funcionários, ao contrário de São Paulo, com base operária. Em segundo, porque houve total falta de sensibilidade e perda de governabilidade. A qualquer momento outra categoria pode explodir. Além disso, o Rio se tornou uma das cidades mais caras do mundo, com especulação imobiliária enorme, favorecida pelo governo. É possível que o governador, quando deixou black blocs e moradores de rua quebrarem muito em julho, tenha tentado afastar a classe média do movimento. Agora a coisa voltou. Outro elemento virou clamor público. Quando o Choque entrou na terça, a população gritava: "Cadê o Amarildo?". O nível de desmoralização é muito grande.

Secundarista, professor, universitário

"Falaram que havia mascarados. Vou te dizer: eu pus a camiseta na cara. Recebi um jato de pimenta que parecia de extintor, um troço industrial. A sensação é de paralisia respiratória. A maioria dos que tinham algo no rosto estava sem camisa. Era proteção contra o uso indiscriminado de bombas. Havia black blocs, mas não estavam quebrando. Depois duas agências bancárias foram destruídas, mas a PM já batia muito. Era uma reação. A maioria absoluta era de secundaristas, professores e universitários. Não tenho relação pessoal com o Black Bloc nem quero ter. Mas houve uma inflexão dos black blocs, uma mudança na atuação.

Casa sem pudor

"Tanta repressão, só vi uma vez na Bolívia e outra em Beirute, mas nunca no Brasil. Foi brutal. Me deixa perplexo que o Legislativo não tenha tido pudor em continuar legislando com a rua tremendo de bombas. A função da PM foi de uma guarda pessoal do poder convocada para cumprir não a lei do Estado, mas a vontade do dirigente. Fuzileiros navais fizeram o controle de multidão no Haiti, em situação bem mais difícil, sem esse tipo de ação. Quando o Choque entrou na Rio Branco e foi vaiado intensamente, deram tiro de escopeta para o alto. São funcionários públicos agindo como pretorianos do governador e do prefeito.

O PT e a guarda pretoriana

"É interessante ver o PT se transformar em partido que apoia o uso de guarda pretoriana para votar uma lei. O que o Rio está mostrando é que o PT perdeu as ruas. Se a oferta de um ministério ao Cabral se configurar, fica claro o total desdém da Dilma. Seria suicídio político.

Velho é o poder

"Lamentei que dois amigos, oriundos do PC, tenham dito que black blocs fazem o jogo da direita. É o que se falava na ditadura. Se nos anos 1970 eu brigava contra a PM e agora continuo brigando, sou jovem. Quem é velho é o poder. Estive em manifestações na Cinelândia em 1973 e 74. A polícia era menos violenta. Estou falando sério. A polícia da ditadura tinha mais critério e era menos violenta do que a polícia do Cabral."

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