A violência contra judeus está em ascensão na França, apesar do governo e promessas de policiais tentarem evitar esta onda. Um novo relatório divulgado no país, esta semana, revela que pelo menos três incidentes antissemitas acontecem todos os dias desde o ataque terrorista ao Hiper Cacher, em janeiro.
A organização que divulgou o relatório afirma que os judeus que vivem na França relatam cada vez menos os crimes de ódio cometidos contra eles.
O Bureau Nacional de Vigilância contra o antissemitismo (BNVCA) indica uma falta de confiança entre os judeus franceses na Polícia francesa. "Se os agressores são geralmente presos, em seguida eles são soltos e continuam a agressão", disse a diretora da organização Danielle Ferra.
"Mesmo quando os criminosos são enviados para a prisão, eles se tornam radicais islâmicos lá dentro. Nós não sabemos o que fazer. A comunidade judaica não sabe se fica ou se faz Aliya", acrescentou Ferra. As estatísticas revelam que cerca de dez mil judeus franceses deverão fazer Aliya em 2015, em comparação com 6.500 em 2014.
Desde o ataque terrorista ao Hyper Cacher, no qual quatro judeus foram assassinados pelo terrorista Amedy Coulibaly, que foi morto pela polícia, foram relatados 22 casos de violência física contra os judeus. No entanto, o BNVCA estima que o número efetivo de ataques foi muito maior. Cerca de 72 incidentes antissemitas adicionais e 60 casos de violência verbal e ameaças foram relatados na internet. Após o ataque terrorista, a polícia francesa reforçou a segurança em instituições judaicas, a fim de evitar novos ataques.
Duas semanas atrás, um jovem vestindo um Kippah foi agredido por quatro homens que o espancaram e quebraram seu telefone celular no coração de um bairro judaico do nordeste de Paris.
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