12.03.2019 às 17h45
JONATHAN BRADY/GETTY
A leitura da sentença de um caso de casamento forçado entre ciganos foi adiado para a próxima terça-feira, 19 de março. O pai da noiva é um dos acusados no processo
O coletivo de juízes do tribunal de Coimbra decidiu adiar para 19 de março a leitura da sentença de um caso de casamento forçado entre uma rapariga de 19 anos e um homem de 29. Segundo uma fonte judicial, razões processuais estão na origem deste adiamento.
De acordo com a acusação do Ministério Público, Júlia (nome fictício), de 19 anos, tinha uma namorado que não era cigano, facto que o pai desaprovava. Na véspera do Natal de 2017, o pai foi buscá-la à instituição onde tinha sido colocada e quis forçá-la a casar-se com um homem cigano que o pai tinha escolhido e que tinha aproveitado o Natal para gozar de uma saída precária da cadeia de Coimbra, onde cumpria uma pena.
Apesar da recusa da rapariga, o casamento seria consumado à força e a relação entre os noivos só foi interrompida a 6 de janeiro de 2018 quando a polícia deteve o noivo por este não se ter apresentado na cadeia na data prevista.
Entre os oito acusados de crimes como violação e sequestro estão o noivo e os pais, o pai da noiva e outras pessoas da comunidade que ajudaram no casamento forçado.
Fonte: https://expresso.pt/sociedade/2019-03-12-Adiada-sentenca-do-caso-de-casamento-forcado-entre-ciganos#gs.0p9mkc
Nenhum comentário:
Postar um comentário