Comportamento como o dele ensejam oportunidade para um questionamento inevitável: a abolição do celibato é, ou não, algo a ser pensado pela Igreja Católica, já que tal exigência é contra a natureza humana?
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Justiça da Austrália determina 6 anos de prisão ao cardeal George Pell, condenado por pedofilia
Religioso ocupava alto cargo no Vaticano e respondia por ter abusado de crianças de um coral nos anos 1990. Ele se declara inocente.
Por G1
12/03/2019 21h20 Atualizado há 9 horas
Cardeal George Pell, condenado por abusos sexuais contra menores — Foto: AAP Image/Erik Anderson/via Reuters
A Justiça da Austrália fixou nesta terça-feira (12) a pena de seis anos de prisão ao cardeal George Pell. O religioso, ex-chefe das finanças do Vaticano, foi preso no fim de fevereiro por pedofilia. Além disso, na sentença, o juiz Peter Kidd disse que o clérigo será registrado como "criminoso sexual" pelo resto da vida.
Pell, antigo número 3 da hierarquia do Vaticano, é acusado de abusar de dois garotos na década de 1990 em Melbourne. As vítimas participavam do coral da Catedral St. Patrick, em Melbourne, sul da Austrália.
O religioso havia sido condenado em 27 de fevereiro e foi preso no mesmo dia. Ele alega inocente e entrou com recursos, que, de acordo com a Reuters, devem ser analisados em junho.
O cardeal foi prefeito da secretaria de Assuntos Econômicos e o eclesiástico de maior graduação já acusado de abuso sexual. Ele foi arcebispo de Melbourne entre 1996 e 2001 e depois se tornou arcebispo de Sidney até 2014, quando foi para o Vaticano, convocado pelo Papa Francisco para administrar as finanças da Igreja Católica.
O cardeal foi prefeito da secretaria de Assuntos Econômicos e o eclesiástico de maior graduação já acusado de abuso sexual. Ele foi arcebispo de Melbourne entre 1996 e 2001 e depois se tornou arcebispo de Sidney até 2014, quando foi para o Vaticano, convocado pelo Papa Francisco para administrar as finanças da Igreja Católica.
'Descarada ofensa'
O cardeal australiano George Pell, ministro da Fazenda do Vaticano, em foto de 6 de março de 2013 — Foto: Reuters/Tony Gentile
No fim de fevereiro, o cardeal saiu da sala em silêncio após ouvir do juiz Peter Kidd que sua atitude foi "insensível e de uma descarada ofensa". Na ocasião, o magistrado retirou a liberação condicional ao cardeal.
Pell foi considerado culpado por um júri do tribunal estadual de Victoria, em 11 de dezembro do ano passado. A decisão, porém, só foi tornada pública nos mês passado.
Durante a audiência, o advogado do cardeal, Robert Richter, apresentou dez referências de "caráter" de personalidades australianas que falam a favor de Pell, incluindo a do ex-primeiro-ministro conservador John Howard.
Também foram apresentadas duas declarações escritas sobre o impacto que os abusos causaram nas duas vítimas de Pell, a que a imprensa solicitou acesso, o que foi negado pelo juiz. Uma delas foi apresentada pelo único sobrevivente dos abusos, enquanto a outra foi feita pelo pai da segunda vítima, que morreu de uma overdose de heroína em 2014, e que planeja processar Pell pelos danos causados ao seu filho.
O cardeal australiano George Pell, ministro da Fazenda do Vaticano, em foto de 6 de março de 2013 — Foto: Reuters/Tony Gentile
No fim de fevereiro, o cardeal saiu da sala em silêncio após ouvir do juiz Peter Kidd que sua atitude foi "insensível e de uma descarada ofensa". Na ocasião, o magistrado retirou a liberação condicional ao cardeal.
Pell foi considerado culpado por um júri do tribunal estadual de Victoria, em 11 de dezembro do ano passado. A decisão, porém, só foi tornada pública nos mês passado.
Durante a audiência, o advogado do cardeal, Robert Richter, apresentou dez referências de "caráter" de personalidades australianas que falam a favor de Pell, incluindo a do ex-primeiro-ministro conservador John Howard.
Também foram apresentadas duas declarações escritas sobre o impacto que os abusos causaram nas duas vítimas de Pell, a que a imprensa solicitou acesso, o que foi negado pelo juiz. Uma delas foi apresentada pelo único sobrevivente dos abusos, enquanto a outra foi feita pelo pai da segunda vítima, que morreu de uma overdose de heroína em 2014, e que planeja processar Pell pelos danos causados ao seu filho.
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/03/12/cardeal-george-pell-e-condenado-a-6-anos-de-prisao-por-pedofilia.ghtml
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