13.03.2019 às 9h28
O anúncio surgiu pouco tempo depois de Maduro ter afirmado que “a hora da justiça” tinha chegado e que o sistema judicial “irá atrás da pessoa responsável por este ataque criminoso”. Segundo o Presidente, o apagão resulta de “ataques eletromagnéticos e cibernéticos” orquestrados a partir dos EUA, com a conivência da oposição venezuelana
O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, anunciou esta terça-feira que pediu ao Supremo Tribunal que investigue o autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó, por alegações de sabotagem do sistema elétrico do país. Grande parte da Venezuela está sem eletricidade desde quinta-feira da semana passada.
O Presidente, Nicolás Maduro, diz que o apagão é o resultado de “ataques eletromagnéticos e cibernéticos” orquestrados a partir dos EUA, com a conivência da oposição venezuelana, e realizados com tecnologia de ponta. Guaidó, que responsabiliza a má gestão do Governo, será investigado por alegadamente ser “um dos autores intelectuais” destes ataques, revelou o procurador-geral.
O anúncio de Saab surgiu pouco tempo depois de Maduro ter afirmado, numa mensagem televisiva, que “a hora da justiça” tinha chegado e que esta “irá atrás da pessoa responsável por este ataque criminoso contra o sistema elétrico venezuelano”.
Segundo a oposição, 24 pessoas terão morrido em resultado do corte de energia.
A FALTA DE ÁGUA
Entretanto, a falta de água tornou-se um dos efeitos colaterais mais pungentes do apagão nacional. Após quase uma semana sem eletricidade para bombear água, os venezuelanos de todas as classes sociais queixam-se de duches cada vez menos frequentes, loiça por lavar e casas de banho mal cheirosas.
A propagação de doenças é um dos riscos associados à falta de água, que se veio juntar à extrema dificuldade em comprar sabão, além de outros bens básicos, devido aos elevados preços e à rutura de stocks. Num país que atravessa uma situação económica caracterizada pela hiperinflação, o corte de energia elétrica agravou ainda mais as condições de vida dos venezuelanos.
Na segunda-feira, Guaidó pediu que fosse declarado o estado de emergência por causa dos problemas com o fornecimento de energia. No mesmo dia, Maduro prolongou a suspensão de atividades laborais e escolares devido ao apagão.
Fonte: https://expresso.pt/internacional/2019-03-13-Venezuela.-Apagao-resulta-de-ataques-eletromagneticos-e-ciberneticos-acusa-Maduro.-Guaido-sera-investigado#gs.0p52n6
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