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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PRA MASSAGEAR OS GAÚCHOS - SEPÉ TIARAJU

LEI Nº 12.032, DE 21 DE SETEMBRO DE 2009.


Inscreve o nome de Sepé Tiaraju no Livro dos Heróis da Pátria.

O VICE – PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Em comemoração aos 250 (duzentos e cinquenta) anos da morte de Sepé Tiaraju, será inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, o nome de José Tiaraju, o Sepé Tiaraju, herói guarani missioneiro rio-grandense.

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 21 de setembro de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
João Luiz Silva Ferreira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.9.2009




Penso que esta lei tem origem no teclado do Tasso Genro (ou de algum assessor dele, esperto, querendo atrair a simpatia dos jesuítas, também)que sabe muito bem do respeito que o povo da sua terra tem pelo herói

Como eu não tenho nada contra os gaúchos (aliás, nutro certa admiração por aquele povo intimorato), nem contra seu herói, embora, como Pombal, não morra de amores pelos inacianos, nem pela Companhia de Jesus (observem o nome mercantil da instituição),segue a história do homenageado:

Sepé Tiaraju (Redução de São Luís Gonzaga, em data desconhecida — São Gabriel, 7 de fevereiro de 1756) foi um índio guerreiro guarani, considerado um santo popular brasileiro e declarado "herói guarani missioneiro rio-grandense" pela Lei nº 12.366[1][2].

Nascido em um dos aldeamentos jesuíticos dos Sete Povos das Missões, foi batizado com o nome latino cristão de Joseph. Bom combatente e estrategista, tornou-se líder das milícias indígenas que atuaram contra as tropas luso-brasileira e espanhola na chamada Guerra Guaranítica.

Tal conflito inscreve-se no contexto histórico das demarcações decorrentes da assinatura do Tratado de Madrid (1750), que exigiu a retirada da população guarani aldeada pelos missionários jesuítas do território que ocupava, havia cerca de 150 anos. A posse da região ainda seria objeto do Tratado de Santo Ildefonso (1777) e do Tratado de Badajoz (1801).

Viviam na região dos Sete Povos das Missões aproximadamente trinta mil guaranis. Somando-se os do Paraguai e da Argentina, alcançaram um total estimado de oitenta mil indígenas evangelizados, que habitavam em aldeias planejadas, organizadas e conduzidas como verdadeiras cidades. O interesse luso-brasileiro por esta extensa região deveu-se, além da posse territorial, ao gigantesco rebanho de gado, o maior das Américas, mantido por esses mesmos indígenas.

Pereceu em combate contra o exército espanhol na batalha de Caiboaté, às margens da Sanga da Bica, na entrada da cidade de São Gabriel, durante a invasão das forças inimigas às aldeias dos Sete Povos. Após sua morte pereceram aproximadamente 1.500 guaranis diante das armas luso-brasileiras e espanholas.

Por seu feito, chegando a ser considerado um santo popular, virou personagem lendário do Rio Grande do Sul, e sua memória ficou registrada na literatura por Basílio da Gama no poema épico O Uraguay (1769) e por Érico Veríssimo no romance O Tempo e o Vento. É-lhe atribuída a exclamação: "Esta terra tem dono!".

No dia 21 de setembro de 2009, foi publicada a Lei Federal 12.032/09, que traz em seu artigo 1º o texto "Em comemoração aos 250 (duzentos e cinquenta) anos da morte de Sepé Tiaraju, será inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, o nome de José Tiaraju, o Sepé Tiaraju, herói guarani missioneiro rio-grandense."

Cabe ressaltar que não é considerado santo pela Igreja Católica, sendo santo popular uma expressão apenas de sua fama.

Como homenagem ao heroísmo e à coragem de Sepé Tiaraju, a rodovia RS-344 recebeu o seu nome.

Existe também no Rio Grande do Sul o município de São Sepé, nome que reflete a devoção popular pelo herói indígena.
Notas

1. ↑ Lei Federal n. 12.032/09 e pela Lei do Estado do Rio Grande do Sul nº 12.366
2. ↑ Assembléia declara Sepé Tiaraju herói oficial do Estado

[editar] Bibliografia

* ROSSI JUNG, Roberto - Esta Terra Tem Dono, Esta Terra é Nossa: a saga do índio missioneiro Sepé Tiaraju. Porto Alegre: Editora Martins Livreiro, 2005.
* BRUM, Ceres Karum - Sepé Tiaraju Missioneiro: um mito gaúcho. Santa Maria e Porto Alegre: Editora Pallotti, 2006.
* SUSIN, Luis Carlos - Sepé Tiaraju e a Identidade Gaúcha. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 2006.
o Literatura de ficção histórica
* ORNELAS, Manuelito de - Tiaraju. Porto Alegre: Ed. Livraria do Globo, 1945.

[editar] Ligações externas

* O Lunar de Sepé, Lendas do Sul (1913) por João Simões Lopes Neto
* Projeto Sepé Tiaraju: A História de Sepé Tiaraju
* A Lenda de Sepé Tiaraju
* [1]Escultura de Sepé Tiaraju-São Luiz Gonzaga.


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E como onde a Igreja Católica está envolvida não faltam as grosseiras mistificações, tinha de aparecer algo semelhante ao que segue no vídeo:

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