Símbolos religiosos

ESPANHA: SÍMBOLOS RELIGIOSOS FORA DAS ESCOLAS


Madri, 10 ago (RV) – Nenhum símbolo religioso nas escolas públicas espanholas: é o que prevê a nova lei sobre a liberdade religiosa, que o Governo do premier socialista José Luiz Rodríguez Zapatero prepara para o próximo outono europeu.

O ministro da Justiça, Francisco Caamano, explicou que "a idéia-chave do projeto é que haja uma nítida separação entre o fenômeno religioso, o espaço público e a laicidade do Estado".

O ministro assegurou, todavia, que "não serão destruídos" os símbolos que tenham um valor histórico-artístico reconhecido. Veremos se esta declaração bastará à hierarquia eclesiástica espanhola. Caamano acrescentou que o objetivo é estabelecer "com prudência e sensatez" um sistema que "reconheça a pluralidade" e trate todas as religiões "com igualdade".

Em outras palavras, o Governo Zapatero quer "regulamentar a liberdade de consciência" na Espanha. Para tanto, modernizará o registro das organizações religiosas e fará incorporar na jurisprudência espanhola as sentenças emitidas pelos tribunais nos últimos anos, sobre temas como "a religião no exército, nos hospitais e nas escolas". (AF)

http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=308670

--=-=-=

Ainda da Rádio Vaticano:

ESPANHA: "PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA OCULTA"

Tarazona, 17 set (RV) - O Bispo de Tarazona, na Espanha, Dom Demétrio Fernández, contesta os grupos que promovem a retirada dos crucifixos dos espaços públicos e advertiu que essas campanhas que vêem Deus como um estorvo, fazem parte de uma “perseguição religiosa oculta” que afeta a Espanha e confundem o conceito de estado laico, porque pretendem fazer da Espanha um país ateu.

Por ocasião da festa da Exaltação da Santa Cruz, celebrada no início da semana, Dom Fernández divulgou uma carta pastoral na qual adverte que essas campanhas querem tirar Deus da praça pública, como se Deus fosse um estorvo; querem arrancar do coração das crianças de dos jovens, Jesus Cristo.

O prelado respondeu àqueles que pretendem tirar o crucifixo com argumentos de laicidade explicando que “essa laicidade, que tenta suprimir Deus para afirmar-se a si mesmo, é uma laicidade sem futuro, é uma laicidade que não faz bem ao homem. É uma laicidade que tenta acabar com a história, com os costumes dentro de uma cultura cristã.

“Dizer que o Estado é laico significa dizer que oficialmente não confessa nenhuma religião, mas ao mesmo tempo favorece a religião de seus cidadãos, porque considera a religião como um bem para o homem, para os cidadãos aos quais serve. Mas quando suprime todo símbolo religioso, se adota uma postura direta de ataque ao religioso, que contradiz a sã laicidade”, esclareceu o bispo. (SP)