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terça-feira, 16 de novembro de 2010

A UMBANDA SE MULTIPLICA, APESAR DA DISCRIMINAÇÃO

Caminhada em Florianópolis pede fim do preconceito às religiões

Semana da Consciência Negra promove atividades para debater religiões afrodescendentes

Ângela Bastos | angela.bastos@diario.com.br






Uma caminhada pelo Distrito do Rio Vermelho, entre a Barra da Lagoa e a praia dos Ingleses, em Florianópolis, marcou nesta segunda-feira o Dia Nacional da Umbanda. O evento deu início à programação da Semana da Consciência Negra. Uma solenidade na Assembleia Legislativa, às 19h desta terça-feira, abre oficialmente as atividades da semana.



A caminhada partiu do centro espírita Caboclo Pena Verde, seguindo pela rua João Gualberto Soares até alcançar a pracinha do distrito. Além de atabaques e berimbaus, os manifestantes carregavam faixas pedindo paz. Representantes do Movimento Hare Krishna demostraram o seu apoio e também participaram da caminhada contra a intolerância religiosa pelas ruas do Rio Vermelho. 



— Não somos poucos, mas somos invisíveis. Eventos como este pretendem dar visibilidade ao nosso povo — explicou Ana Paula Cardozo da Silva, coordenadora de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial de Florianópolis.



Segundo a coordenadora, a Capital tem 500 casas religiosas ligadas à umbanda, batuque, candomblé e almas de Angola. Na Grande Florianópolis, são 1,2 mil. 



Ana Paula diz que a questão da intolerância religiosa vem se acentuando contra as religiões de matriz africana, principalmente com a ação da força policial e as manifestações de repúdio que colocam em risco a integridade física dos religiosos e também o patrimônio das instituições.



Existem relatos de ações contra terreiros, muitas vezes acusados de provocar barulho à vizinhança. Apedrejamento, insultos e vandalismo a monumentos são algumas das práticas mais comuns.



— A própria Constituição Federal apresenta o conflito, à medida que garante questões como a Lei do Silêncio e o direito à liberdade dos cultos — afirma Ana Paula.



Para a coordenadora, esta situação revela o preconceito com os seguidores das religiões afrodescendentes:



— A questão não é o barulho dos tambores, mas o olhar que essas pessoas têm sobre os seguidores dos cultos africanos. Estamos aqui para ajudar a esclarecer que o preconceito se faz sobre a ignorância de que nós somos uma "coisa do demônio".



Fonte: DIÁRIO CATARINENSE


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Mas que, dependendo da hora em que o batuque é feito, incomoda, não há como negar. Tanto quanto o culto dos evangélicos, a procissão dos católicos e outras manifestações igualmente "religiosas".

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