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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mais um que acordou - Cumprimentos ao Capitão e pêsames aos vereadores cabeças de bagre

Fiz questão de dar destaque ao nome do corajoso Capitão, como forma de homenageá-lo. 
Estão faltando exemplos republicanos neste nosso pobre País.
Os imbecis que escreveram que o ato é arbitrário deveriam ler a Constituição Federal, Estadual e a própria Lei Orgânica do seu Município, que certamente desconhecem. 
A população de Tatuí não merece vereadores tão idiotas, embora os tenha eleito.
Se os vereadores lessem (será que sabem ler?) o Código de Direito Canônico (documento da própria Igreja Católica, datado de 1983, promulgado pelo Papa João Paulo II) veriam, nos comentários do Padre JESUS HORTAL, expressões como "privilégios odiosos".
Não é demasiado lembrar que "liberdade religiosa", expressão constitucional, não pode ser confundida com predomínio e privilégios para a ICAR ou para qualquer outro culto. Quando um certo culto miscigena seus interesses com os do Estado (gênero) está, em verdade, atentando contra a liberdade religiosa, eis que dá aos entes públicos o direitos de também interferir nos assuntos internos da organização. Não é possível levar a aliança entre o Estado e qualquer religião além das áreas onde existam interesses metaindividuais (saúde, educação, assistência social, por exemplo). ´
É o que se infere da Carta Magna, que coloca limites aos conchavos entre as hierarquias eclesiásticas e os gestores públicos.
Aqui em Florianópolis, fui fazer uma visita ao Procurador Geral do Estado e a Secretária dele mantém, em cima da mesa (como se fosse um espaço pertencente a ela - seu quarto, por exemplo), imagens da "Santa" Paulina  e de outros ícones da ICAR. A moça parece não perceber que, no seu ambiente de trabalho, não está na sua casa e sim num próprio estatal. É de uma pobreza de espírito de dar dó.
Certo está o Capitão JOSÉ NATALINO DE CAMARGO: espaço público não deve conter propaganda ou símbolo de nenhuma das empresas que exploram o comércio da fé.
Quanto aos vereadores, certamente alguns não tiveram coragem de deixar de assinar o documento por medo de perder os votos dos católicos. Eles fazem tudo pensando nos próprios interesses e não nos interesses coletivos, e tal comportamento não é exclusivo dos descerebrados de Tatuí.
Para mim, que andava imaginando que os militares estão alienados, a postura assumida pelo Capitão  trouxe alguma esperança no republicanismo. 
O Capitão honrou a memória de Tiradentes e de tantos outros que lutaram pela Proclamação da República. 
Basta de sermos considerados e tratados pela ICAR e seus asseclas, subservientes, como colônia do Vaticano.
Os tempos de  Ilha de Vera Cruz ou Terra de Santa Cruz já deveriam ter sido esquecidos pelo Brasil, embora a realidade seja muito diferente, pela falta de consciência da grande maioria do nosso povo, que foi domesticado pelos padres e continua agindo como animais de carga dos homens de saia.

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Bombeiro proíbe crucifixo e causa polêmica em Tatuí-SP

JOSÉ MARIA TOMAZELA - Agência Estado

Uma ordem de serviço assinada pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Tatuí (SP), capitão José Natalino de Camargo, causa polêmica na cidade. Ele mandou retirar todos os crucifixos e imagens de santos católicos das unidades sob seu comando. Hoje, os 11 vereadores da Câmara local assinaram moção repudiando a medida tomada pelo militar. Camargo alegou que a exibição de símbolos católicos em repartições públicas causa "constrangimento" a pessoas que professam outra fé.

Para ele, imagens e crucifixos fazem "apologia" da religião católica e contribuem para a "manutenção da falsa crença de que aquela religião seria a única detentora da benesse estatal". O capitão invocou ainda a Constituição Federal que, segundo ele, estabelece que o Estado brasileiro é laico e, portanto, a exibição dos símbolos seria ilegal e inconstitucional. A comunicação foi repassada às unidades e postos dos bombeiros sob o comando do Grupamento de Tatuí, com ordem para cumprimento imediato.

Na moção aprovada por unanimidade, os vereadores consideram que o militar usou termos desrespeitosos ao se referir aos símbolos católicos. "O ato é arbitrário, com expressões equivocadas, desrespeitosas e imprudentes sobre a religião católica, refletindo total falta de sensibilidade", diz a nota da Câmara.

De acordo com os vereadores, a ordem de serviço fere o livre direito de professar a fé, também defendido pela Constituição. O comando regional da Polícia Militar (PM), ao qual se subordinam os bombeiros, não se manifestou a respeito. O pároco de Tatuí, padre Milton de Campos Rocha, estava em viagem e não foi localizado.      


Fonte: ESTADO DE SP        

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