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sábado, 26 de janeiro de 2013

Jesuíta de Toronto dá curso sobre como lidar com ateus


Precisa surgir quem dê cursos sobre como lidar com missionários chatos (cujos conhecimentos não resistem aos menores questionamentos), os quais nos abordam nas nossas casas, ambientes de trabalho e até nas ruas, tentando impingir-nos as suas idéias insensatas. 
Há algum tempo, num fim de semana, alguns evangélicos chegaram à minha casa, com a proposta de me fazerem ler alguns dos seus folhetos. Recebi-os, conversamos normalmente e me ocorreu uma ideia, para testar a firmeza da crença deles, após dizer-lhes, com todas as letras, que sou ateu.
Propus a eles que eu separaria alguns livros da minha biblioteca, para que eles lessem, em troca do que estavam me propondo e que, depois de algumas semanas, nos reuniríamos para conversar sobre as leituras feitas.
DISPARARAM! 
Talvez este seja um conselho sobre como lidar com frágeis pregadores de teses religiosas estapafúrdias e sem sustentação. Chamá-los à leitura e ao debate aberto e irrestrito, livre de dogmas e frases feitas, do império da Bíblia, principalmente da aplicação literal do "Livro Sagrado".


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Scott Lewis disse que o ateísmo
se tornou militante e agressivo

O jesuíta Scott Lewis (foto), da Regis College, faculdade da Universidade de Toronto (Canadá), está dando aos cristãos o curso “Respondendo ao século do ateísmo”, com orientações sobre como lidar com ateus, principalmente com os “novos ateus”, os agressivos, segundo ele. O curso tem duração de oito semanas e é ministrado nas tardes de quarta-feira. A primeira turma tem 155 alunos.

Lewis afirmou que a proposta do curso não é incentivar os cristãos a enfrentarem os ateus, mas orientá-los a fazer um acordo com os descrentes, porque, disse, há exagero tanto de um lado como de outro.

Ele falou que o ateísmo “se tornou militante e agressivo e faz proselitismo”. “Se você é jovem e acredita em Deus, é visto [pelos ateus] como idiota”, disse, acrescentando que hoje, em contrapartida, ser ateu é “socialmente aceitável”. 

Mas nem por isso os cristãos devem investir no confronto com os ateus ou secularistas ou se envolverem em polêmicas, disse o jesuíta. “Ambos os lados precisam ser mais leves”, [porque] "há um pouco de fundamentalismo em ambos os lados do corredor." 

“Os ateus precisam deixar para trás a ideia de que quem acredita em Deus é estúpido e ingênuo”, afirmou Lewis. “E talvez nós [cristãos] devêssemos parar de achar que ateu não é uma boa pessoa, ética. Um crente pode ser uma pessoa bastante inteligente, e um ateu pode ser uma pessoa bastante correta moralmente.”

Lewis disse que, para ele e outros professores do curso, seria difícil não falar em autores lidos pelos novos ateus, como Christopher Hitchens, Richard Dawkins e Sam Harris. 

Afirmou que o curso também aborda a ciência e a teoria da evolução, de Charles Darwin. Isto porque, disse, os cristãos devem entender que o Gênesis “não é um livro de ciência e não deve ser lido com tal”. 

"As pessoas de fé estão em um momento limite, porque não podemos continuar a pensar em Deus de forma tradicional e ainda aceitar a ciência darwiniana". 

Falou que, para os pensadores católicos, não é incomum acreditar na evolução das espécies. Ele citou o padre jesuíta Pierre Teilhard de Chardin — estudado no curso — que foi geólogo e paleontólogo. Disse que em 1930 Chardin reconheceu o darwinismo com um fato, embora os estudos do jesuíta tinham sido condenados pelo Vaticano. 




Mary Beaty, um dos dois capelães da Universidade da Toronto, achou natural a criação de um curso sobre ateísmo, porque os estudantes, disse, estão cada vez mais fazendo perguntas sobre esse assunto. 

De acordo com os dados mais recente do censo canadense, os ateus, agnósticos, humanistas e aqueles que não têm nenhuma filiação religiosa corresponderam nos últimos dez anos a 16% da população, o que significa o crescimento de quatro pontos percentuais em relação à década anterior.

Com informação do Religion News Service



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