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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Proximidades de Alckmin com maracutaias


Grampo mostra proximidade de ex-secretário com acusado pela Porto Seguro
Ex-integrante do primeiro escalão de Alckmin que hoje é prefeito de Santos combina 'negócio' com empresário denunciado em operação da PF
29 de janeiro de 2013 | 2h 06

BRUNO BOGHOSSIAN, FAUSTO MACEDO - O Estado de S.Paulo

O ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), hoje prefeito de Santos (SP), agendou reuniões com autoridades do governo paulista a pedido do empresário Carlos César Floriano, denunciado por corrupção ativa na Operação Porto Seguro. Segundo as investigações da Polícia Federal, uma das empresas de Floriano foi beneficiada por um parecer técnico do governo federal que teria sido comprado por R$ 300 mil.

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Sete telefonemas gravados pela PF com autorização judicial, de março a maio de 2012, revelam que Barbosa tinha relação próxima com Floriano. De acordo com o Ministério Público Federal, o empresário é dono da Tecondi, companhia que opera o terceiro maior terminal de contêineres do Porto de Santos - município em que Barbosa se elegeu prefeito, em outubro.

Em uma ligação, os dois conversam por cerca de quatro minutos sobre assuntos de interesse de Floriano e um evento de empresários que teria a participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O secretário chama Floriano de "professor" e o empresário se refere a Barbosa como "mestre".

O telefonema entre Floriano e Barbosa foi interceptado pela PF em 17 de abril, às 11h58. O empresário pede "ajuda" do secretário para desembaraçar um "negócio" relacionado a uma "área da CPTM", a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

"Ô, meu, deixa eu te falar uma coisa, que eu preciso pedir pra você me dar uma ajuda naquele negócio. Aquele negócio lá daquela área da CPTM, pô... Os caras tão me enrolando, cara...", reclama Floriano.

"Vou marcar pro Jurandir, então", responde Barbosa, em referência a Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos - pasta a que a CPTM está vinculada. "Mas tu vai lá comigo, vamos nós dois?", sugere o então secretário.

"Vou, pode marcar", confirma o empresário.

A reunião com Jurandir Fernandes foi marcada para 3 de maio, mas acabou cancelada, pois o secretário de Transportes Metropolitanos foi convocado para audiência com Alckmin.

Em outro telefonema, interceptado em maio, as secretárias de Barbosa e de Floriano marcam reunião entre os dois e o diretor-presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes.

'Pessoal de peso'. Numa ligação, Paulo Barbosa e Floriano falam sobre uma reunião com "pessoal de peso" do empresariado. "É o pessoal da área de papel, né? (...) eu não vou, não. Tô um monte de coisa aqui", diz Floriano. "Eu coloquei o teu nome lá", insiste Barbosa.

O empresário comenta que "não tem nada a ver" e que pessoas de seu grupo irão ao encontro. "O Alípio vai, o diretor nosso, o superintendente da área, o pessoal da Suzano, vai o pessoal da International Paper. Tá bem representado. Vai um pessoal de peso", afirma Floriano.

Barbosa indaga: "Tu não gosta do Geraldo não, hein, cara?".

O ex-secretário de Alckmin não era alvo da Porto Seguro, mas a investigação da PF também aponta que o atual prefeito de Santos atuou em favor de um projeto do ex-senador Gilberto Miranda, denunciado pelo Ministério Público por corrupção.

Miranda tentava obter junto ao governo do Estado parecer em favor de um empreendimento portuário avaliado em R$ 1,65 bilhão na Ilha de Bagres, no município de Santos.

O ex-senador procurou Barbosa e se encontrou com o então secretário estadual para pedir ajuda na obtenção de uma declaração de utilidade pública para o projeto, que dependia de assinatura do próprio governador. A declaração era necessária para autorizar a derrubada de parte da vegetação da ilha.

O governo não emitiu o decreto de utilidade pública, mas publicou uma declaração de relevância econômica, que foi comemorada pelo empresário. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico havia dado encaminhamento ao projeto e declarou no processo que o plano de Miranda era "imprescindível para a expansão portuária paulista".

Fonte: ESTADO DE SP

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