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sábado, 26 de janeiro de 2013

Hungria se mostra a mais submissa às religiões



Governo quer transferir escolas públicas para instituições religiosas

Hungria vai na contramão da Europa e resgata valores cristãos

por Jarbas Aragão


 

A revista francesa L’Express noticiou recentemente a proposta do governo húngaro de transferir as escolas públicas do país para instituições religiosas. Obviamente, a ideia deixou furiosos os líderes socialistas dentro e fora da Hungria, mesmo nos países europeus onde a educação pública tem resultados calamitosos.

A maior reclamação é que essa política do governo húngaro irá restaurar “a moral tradicional”. Nessas escolas, voltariam os cantos religiosos e a oração pública no início das aulas. Além disso, os pais dos alunos poderiam escolhem o que será ensinado aos filhos, de acordo com a sua tradição espiritual.

Na pequena cidade de Alsoörs, segundo a revista, apenas duas famílias de um total de 96 votaram contra essa transferência da escola aos cuidados de uma igreja protestante, o que mostraria como esse desejo se popularizou.

Embora alguns padres tenham recusado a proposta, pastores como o luterano Miklos Rasky comemoram: “O governo atual está apegado aos valores cristãos. Isso nos permite reatar com nosso papel tradicional no campo da educação”.

Muitos professores católicos, que são a maioria da população, ficaram assustados com a possibilidade de serem substituídos por protestantes. Até o momento, 80 escolas já foram cedidas pelas prefeituras que aceitaram a proposta. A maioria delas comemorou o fato de não terem de arcar com despesas que eram insustentáveis na atual crise.

Breve cerca de 200 escolas ficarão sob a liderança das igrejas, católicas ou protestantes. Tudo começou em meados da década de 1990, depois de um acordo com o Vaticano, obrigando o Estado a financiar integralmente as escolas religiosas. O movimento se acelerou em 2011.

“Não tínhamos escolha, foi a única solução para salvar a escola”, conforma-se Monika Titscher, que se diz católica não praticante. Agora, os alunos e professores de Alsoörs farão um juramento em que se comprometem a “servir a glória de Deus” e “conhecer, aceitar e respeitar os ensinamentos da Igreja Reformada Húngara”.

Os movimentos de esquerda estão revoltados com os cursos de religião nas escolas e fizeram vários protestos na capital. Contudo, o ministro da Educação, Rozsa Hoffmann, justifica a necessidade de restaurar os valores morais: “Nós queremos reabilitá-los, seja a proteção da vida humana, o respeito pelo trabalho e pelas leis, a honestidade e o amor à pátria. A escola não é um local só para adquirir conhecimentos, ela também deve transmitir valores” .

Hoffmann é um dos líderes do Partido Democrata Cristão, aliado do Fidesz (direita populista) do primeiro-ministro Viktor Orban. A lei prevê ainda, a partir de setembro de 2013, um programa nacional onde as aulas de catecismo serão integradas ao currículo. Os estudantes que não quiserem cursá-las , serão obrigados a ter aulas de ética. O ministro acredita que “Não há solidariedade suficiente em nossa sociedade, que é muito egoísta”.

A proposta dessa nova lei de educação acompanha o contexto da nova Constituição do país, promulgada em 2012, e que procura exaltar os valores cristãos que no passado pautavam o país. Com informações Lexpress.

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