Jornal diz que ninguém sabe a origem e
destino do dinheiro da conta misteriosa
O Banco Central da Itália descobriu que o IOR (Instituto para as Obras de Religião), que é o nome jurídico do Banco do Vaticano, tem uma conta secreta em uma agência do Deustsche Bank com a movimentação de 40 milhões de euros em 12 meses. O valor equivale a aproximadamente R$ 109 milhões.
O jornal Corriere della Sera informou que “não se sabe praticamente nada” sobre a origem e o destino desse dinheiro. “O problema é sempre o mesmo: não se conhece o titular efetivo do depósito e, sobretudo, quem tem poder para operar essa conta e, por isso, não se pode aplicar as normas contra a lavagem de dinheiro.”
Essa conta misteriosa fez com que o BC italiano suspendesse o uso de cartões de crédito internacionais em 80 estabelecimentos comerciais do Vaticano. Assim, desde 1º de janeiro, os turistas só podem pagar museus, farmácias, supermercados e lojas de lembranças com dinheiro em espécie, afetando o faturamento dessas atividades e as finanças do Vaticano.
O governo dos Estados Unidos e entidades financeiras internacionais pressionam há anos o Banco do Vaticano para que tenha balanços transparentes, de que modo a evitar que a instituição seja usada para a lavagem de dinheiro de terroristas, traficantes e mafiosos.
O Vaticano estaria resistindo à transparência para não ter de revelar algumas destinações de seus recursos.
O jesuíta Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que os pagamentos com cartões de crédito e débitos voltarão, assim que forem resolvidos, segundo ele, “problemas técnicos”.
Com informação do Corriere della Sera
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