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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

China admite que poluição criou “vilas de câncer”




A gigantesca nuvem tóxica que cobriu a China por semanas gerou forte pressão da população para que o governo aprove medidas de controle da poluição. Na última semana, a pressão teve resultado, e pela primeira vez Pequim admitiu que a crise ambiental no país produziu as chamadas “vilas de câncer”. “Nos últimos anos, a poluição causou muitos desastres ambientais, como a contaminação de fontes de água potável, e sérios problemas sociais e de saúde, incluindo a existência de vilas de câncer”, diz documento divulgado na última semana pelo ministério do Meio Ambiente da China.

A teoria das “vilas de câncer” chinesas foi criada pelo jornalista e ativista Deng Fei em 2009. Ele fez um levantamento e criou um mapa, usando o Google Maps, para mostrar todas as cidades, aldeias e vilarejos que tinham índices anormais de incidência de câncer. No seu primeiro levantamento, foram encontradas 100 cidades com altos índices da doença. Atualmente, revisões propostas por pesquisadores e outros ativistas elevam o número a pelo menos 400 vilas de câncer.

Apesar do ar poluído ser o foco das manchetes quando se fala em poluição na China, um dos principais problemas no país é a contaminação da água. Grande parte dos casos de câncer são resultado de poluentes químicos que são despejados por indústrias em rios e lagos. Segundo o Ministério do Meio Ambiente da China, quase a metade (43%) das fontes de água monitoradas está contaminada. Uma das medidas propostas pelo governo é investir US$ 850 bilhões na limpeza de rios e fontes de água potável nos próximos cinco anos.

Mais surpreendente, o plano também propõe, pela primeira vez, a criação de uma taxa de carbono. Segundo a agência Xinhua, a ideia é aumentar os impostos dos setores mais poluentes da economia, especialmente a indústria do carvão. Ainda há dúvidas sobre a efetividade da proposta. O projeto não foi divulgado e os valores especulados, de 10 yuans por tonelada de carbono emitida, são considerados baixos para que a taxa realmente seja uma medida ambiental – e não apenas mais uma forma de o governo coletar impostos da população. Ainda assim, o anúncio pode indicar uma guinada na forma como o governo chinês lida com seus problemas ambientais.

Foto: Reprodução do mapa das “vilas de câncer” no Google Maps.

(Bruno Calixto)

Fonte: ÉPOCA

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