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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Com menos fiéis, igrejas vão à venda na França



Sugiro que os padres migrem para os cultos evangélicos, se não quiserem ficar "desempregados".
A prostituta de Roma ficou velha, perdeu os encantos e nem como cafetina sobreviverá.

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Daniela Fernandes



Queda do número de fiéis e custo de manutenção está levando igrejas, como esta, a serem vendidas

Esta igreja em Soissons, com estilo Art Déco, é estimada em 350 mil eurosAmpliar imagem

A constante redução do número de católicos na França está acelerando a venda de igrejas e outras propriedades religiosas no país.

Além do menor número de fiéis, a crise econômica também provoca queda nas doações. Em muitos casos, faltam recursos para fazer obras de manutenção. Em outros, falta dinheiro para custear simples despesas regulares de funcionamento.

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"As dioceses estão em uma situação financeira crítica, com cada vez menos fiéis", afirma Maxime Cumunel, do Observatório do Patrimônio Religioso, uma entidade civil que busca preservar o patrimônio histórico religioso.

O corretor imobiliário Patrice Besse, especializado na venda de propriedades religiosas, explica que "antes as dioceses se sentiam incomodadas em vender suas igrejas. Afinal, elas foram construídas com o dinheiro de doações. Agora é uma necessidade econômica. É preciso vender algumas para salvar outras."

"Há cada vez menos fiéis e menos doações. O fenômeno de venda de igrejas está aumentando", estima Besse.
Manutenção

A corretora de Patrice Besse dispõe atualmente de seis igrejas à venda, com preços entre 50 mil e 500 mil euros (aproximadamente entre R$ 130 mil e R$ 1,3 milhão).

Ele acaba de vender uma igreja na cidade de Soissons, no norte da França, por 125 mil euros, que foi comprada por um pianista anglo-taiwanês de 21 anos, internacionalmente famoso.


Esta igreja foi comprada por um pianista por 125 mil euros

Besse também negocia a venda de outra igreja em Soissons, com estilo Art Déco, estimada em 350 mil euros e que pertence à paróquia local.

"A manutenção custa caro, e muitas paróquias preferem vender seus bens para não ter de arcar com despesas de obras", afirma o corretor.

É o caso de uma capela na região de Bordeaux, no sudoeste da França. A diocese de Bordeaux explica em seu site que a capela está fechada desde julho de 2011 por razões de segurança. As obras necessárias são estimadas em 400 mil euros.

"Nem o Episcopado nem a paróquia de Talence têm os recursos financeiros para realizar as obras. O dinheiro obtido com a venda da capela será bem-vindo para atender às necessidades das missas da paróquia", afirma a diocese.

Uma igreja na pequena cidade de Vandoeuvre-les-Nancy, no leste da França, foi vendida no ano passado em razão da falta de fiéis. Ela se tornará um centro comercial.

"Só uma centena frequentava a igreja, que tem capacidade para mais de 700 pessoas", justificou a diocese de Nancy, que obteve 1,3 milhão de euros com a venda.
Menos católicos

O número de católicos na França vem caindo regularmente nas últimas décadas, segundo diferentes estudos. Paralelamente, o número de agnósticos (sem religião) e ateus vem aumentando no país e já atinge, respectivamente, quase 19% e 4,2%, de acordo com a Enciclopédia Cristã Universal.

Outra pesquisa, do Instituto Nacional de Estudos Demográficos da França, publicada em 2009, revela que 45% dos franceses entre 18 e 50 anos se dizem sem religião.

A população católica na França era de 60,4% em 2010 (último dado disponível), segundo o instituto americano Pew Research Center e outros estudos realizados no país.

Nos anos 70, o número de católicos na França era de quase 88%, de acordo com a Enciclopédia Cristã Universal.

Mas entre os que se dizem católicos e os efetivamente praticantes há uma grande diferença. De acordo com uma pesquisa do instituto Ifop, apenas 4,5% dos franceses afirmam ir à igreja todos os domingos e somente 15% dizem frequentá-la "regularmente", ou seja, pelo menos uma vez por mês.

Uma lei de 1905, que garante a separação entre a Igreja e o Estado, determina que os bens imobiliários religiosos construídos antes de 1905 pertencem às prefeituras, que têm a obrigação de mantê-los em bom estado.

Os prédios religiosos construídos após essa data são propriedade da Igreja. Somente as catedrais pertencem ao governo nacional. Na França, devido à lei, as igrejas não podem receber subvenções.

Nesse período de crise, muitas prefeituras que possuem igrejas (obrigatoriamente construídas antes de 1905) também não hesitam em vendê-las para não ter gastos com obras, como conserto de telhados ou de eletricidade.

Segundo um levantamento realizado por Benoît de Sagazan, que integra o Observatório do Patrimônio Religioso e possui um blog sobre o tema, há 43 igrejas e capelas à venda na França neste mês de fevereiro.

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