O reajuste dos salários será de 8%, com ganho real de 1,82%; os pisos iniciais dos bancários receberão uma correção de 8,5%
11 de outubro de 2013 | 7h 30
Edgar Maniel, da Agência Estado
SÃO PAULO - Após 17 horas de negociação entre os bancos e o Comando Nacional dos Bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma nova proposta à categoria na madrugada desta sexta-feira, 11, e as entidades chegaram a um acordo. O reajuste dos salários será de 8%, com ganho real de 1,82%. Já os pisos iniciais dos bancários receberão uma correção de 8,5%. Descontada a inflação, a reposição chega a 2,29%.
Por volta das 14h da última quinta-feira,10, um acordo quase foi fechado entre as partes, mas a Fenaban havia proposto estender o período de compensação dos dias parados durante a greve para 180 dias. A categoria não aceitou a proposta e a reunião foi paralisada por quase 10 horas. Durante a madrugada de hoje, as partes voltaram a se reunir e acertaram que a compensação dos dias parados será feita até o dia 15 de dezembro, no máximo uma hora por dia.
Assembleia
Em São Paulo, a categoria se reúne nesta sexta-feira à tarde para decidir se continua ou põe fim à greve. A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, disse que vai indicar a aprovação da proposta feita pelos bancos. "O aumento real de 1,82% é maior do que a média dos aumentos reais dos bancários desde 2004. Com isso, em 10 anos iremos acumular 18,33% de ganho real nos salários e 38,7% nos pisos. O Comando avalia que a proposta tem avanços nas principais reivindicações dos bancários", afirmou.
Caso a proposta seja aceita pelo sindicato paulista, a atividade dos bancos vai retornar na próxima segunda-feira, 14. Os demais Estados devem marcar as assembleias até a próxima terça-feira, 15, e, até lá, a greve deve continuar.
Os bancários estão em greve há 22 dias. Com a adesão de call centers e centros administrativos, cerca de 11.748 agências e dependências estão fechadas em todo o País, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Em São Paulo e Osasco, de acordo com sindicato regional, 43 mil trabalhadores do setor estão parados e 558 locais de trabalho suspenderam as atividades.
Fonte: ESTADO DE SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário