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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

EQUIDEOCULTURA - Governo britânico é criticado por venda de carne de cavalo em supermercados


Incidente de janeiro de 2013 exporia falhas da vigilância sanitária do Reino Unido

Agência Estado


LONDRES - O governo britânico foi duramente criticado nesta quinta-feira pelo escândalo da carne de cavalo, que atingiu a Europa no começo deste ano e envolveu algumas das maiores empresas de alimentos do continente.


Em relatório, o Escritório Nacional de Auditoria (NAO, na sigla em inglês) disse que o escândalo expôs uma série de problemas na forma como a autenticidade dos alimentos é checada no Reino Unido. O órgão também recomendou uma mudança na supervisão para que o caso não se repita no futuro.

"O incidente da carne de cavalo em janeiro de 2013 revelou uma diferença entre o que os cidadãos esperam do controle da autenticidade de seus alimentos e a eficácia desses controles na realidade", disse o chefe do NAO, Amyas Morse.

De acordo com o relatório, o governo britânico não identificou o risco, apesar do grande potencial de fraude - o preço da carne bovina vinha subindo nos últimos anos, quanto o da carne de cavalo ia no sentido oposto. Segundo o órgão, o governo não realizava testes para detectar a presença de carne de cavalo em alimentos desde 2003.

O escândalo teve início na Irlanda em janeiro, quando traços de DNA equino foram encontrados em produtos de carne bovina vendidos em grandes redes de supermercados do Reino Unido. Nas semanas seguintes, lojas no Reino Unido, França, Alemanha, Suécia e Suíça retiraram milhares de produtos das prateleiras, principalmente alimentos prontos.

Como envolveu algumas das maiores empresas de alimentos da Europa, o escândalo levantou temores sobre a complexa cadeia de suprimentos do continente e sobre a falta de controles no transporte e na classificação de alimentos.

A investigação do Reino Unido testou 24.480 amostras, das quais 47 continham DNA equino. Segundo o NAO, a fonte original da adulteração ainda não foi identificada. Desde janeiro, cinco pessoas foram detidas no país por suposta ligação com o caso. 

Fonte: Dow Jones Newswires,  VIA ESTADO DE SP

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