Os moradores da Malásia que não são muçulmanos estão proibidos de utilizar a palavra Alá para se referir a Deus, mesmo que dentro do contexto da sua religião. De acordo com representantes de grupos religiosos, o uso da palavra é comum por seguidores de diferentes religiões no país asiático há décadas. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (14/10) pelo juiz Mohamed Apandi Ali, que reverteu posição anterior da primeira instância. As informações são dos portais iG e BBC News.
O caso chegou à Justiça após o governo local determinar que o jornal católico The Herald não poderia utilizar a palavra Alá para se deferir ao Deus cristão. Após ser vitorioso em primeira instância, o jornal foi derrotado na análise do recurso, com o juiz Mohamed Ali afirmando que a palavra Alá não faz parte integral do cristianismo, assim como seu uso, e apontando que isso causaria confusão dentro da comunidade.
Lawrence Andrew, editor do jornal, disse que ficou surpreso com a decisão e prometeu recorrer, uma vez que a proibição é um retrocesso em relação à liberdade das minorias religiosas. Advogado do governo, Zainul Rijal Abu Bakar informou que Alá não é uma palavra malaia e que se os não muçulmanos querem se referir a Deus por meio de uma palavra nativa, devem adotar Tuhan. Para alguns grupos islâmicos, ao usar Alá para se referir ao Deus cristão, os adeptos desta religião estariam tentando converter os muçulmanos.
Fonte: Revista Consultor Jurídico
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