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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

VULNERABILIDADE DA TECNOLOGIA MODERNA PRÓ-SAÚDE


COM MEDO DE HACKER-TERRORISTA, EX-VICE DOS EUA MODIFICOU PRÓPRIO MARCA-PASSO
Dick Cheney, cardíaco e defensor ferrenho da Guerra ao Terror, desativou o 'wireless' do desfibrilador implantado em seu coração por temer assassinato

"Achei crível": temor do ex-vice Cheney foi encenado na trama da série 'Homeland'


Vice-presidente de George W. Bush, o republicano Dick Cheney é considerado por muitos um dos principais artífices da Guerra ao Terror. Talvez, até mais do que o próprio Bush. Mal havia baixado a poeira deixada pela queda do World Trade Center em 11 de setembro de 2001 e Cheney já previa que a empreitada dos EUA não teria data para acabar. Às vésperas de invadir o Iraque, Cheney jurou de pés juntos que Saddam tinha armas de destruição em massa. Nem Guantánamo, Abu Ghraib e denúncias de tortura e maus tratos, além de muitos anos (e bilhões de dólares) gastos no Afeganistão e no Iraque foram capazes de afetar a sua inabalável crença na eficácia da Guerra ao Terror. “Na luta contra o terrorismo, não há meio termo. Medidas tomadas pelas metade deixam você metade exposto”.

 

De fato, não havia meio termo para Cheney. Quanto mais, para a sua saúde. Recentemente, em entrevista ao programa 60 minutes da CBS, Cheney e seu médico — o ex-vice-presidente tem um longo histórico de problemas cardíacos — contaram que um dispositivo médico instalado em seu coração foi alterado para impedir que terroristas tentassem matá-lo, remotamente. A função “wireless” do desfibrilador introduzido em seu corpo foi desativada para evitar que assassinos em potencial “hackeassem” o aparelho e produzissem um choque fulminante.

Antes de realizar seu transplante de coração, há dois anos, Cheney teve quatro infartos; o último deles, meses antes de assumir a vice-presidência. Assim, para manter o coração batendo corretamente, implantou o desfibrilador. Eficaz contra ataques cardíacos. Vulnerável contra ataques terroristas.

"Cheney não tem coração!": manifestante segura cartaz protestando contra o ex-vice, no mês de maio

Seu cardiologista, Jonathan Reiner, foi quem recomendou que a função “wireless” fosse desativada, temendo que alguém pudesse invadir a rede do dispositivo “do quarto de hotel vizinho ou do andar de baixo” e assassinar Cheney.

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Em 'Homeland', vice-presidente (foto) também é cardíaco e tem um marca-passo que pode ser controlado via 'wireless'

Ficção do mundo real

Familiarizado com a trama? É porque o seriado norte-americano Homeland (do canal Showtime e transmitido no Brasil pela FX) já fez isso na tevê. [veja trechos no vídeo abaixo]

[Cuidado com o spoiler] Em algum momento da série, o cardíaco vice-presidente fictício padece deste mesmo mal. Seu marca-passo recebe mensagens eletrônicas dos terrorista que invadiram o sistema; o dispositivo dispara os choques elétricos no coração do personagem, fazendo seu coração parar de bater.

O episódio foi ao ar em 2012, muitos anos depois do dispositivo ser implantado em Cheney. Sobre a trama da série, o ex-vice-presidente comentou: “Eu achei crível”.

Cheney também afirmou que seu estado de saúde jamais afetou sua capacidade de discernimento e julgamento enquanto foi vice-presidente do país.

Seu médico também contou ter receado que o debilitado coração de Cheney pudesse não aguentar o impacto emocional causado pelos ataques do 11 de Setembro.

Cheney e Reiner estão lançando o livro Heart: An American Medical Odyssey(“Coração: uma odisseia médica americana”, em tradução livre), que recria a trajetória do longo tratamento médico pelo qual Cheney passou.


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