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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

CPI DA PETROBRAS - Suprema vergonha, envolvendo PT, PSDB, etc...




Presidente encerra sessão da CPI da Petrobras sob gritos de protesto da oposição
Parlamentares governistas manobraram para evitar convocações de diretores da Petrobras sob suspeita
POR EDUARDO BRESCIANI


BRASÍLIA – Terminou sob gritos de protesto da oposição a sessão da CPI da Petrobras desta terça-feira. A reunião previa a votação de convocações do ex-diretor de serviços Renato de Souza Duque e do diretor licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, mas a base governista fez manobras para impedir qualquer deliberação. Coube ao presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), comandar as articulações no plenário para impedir o avanço nas votações.


A convocação da sessão previa inicialmente a votação de requerimentos e depois a oitiva de Edmar Diniz de Figueiredo, gerente de contratos que se definiu como de quarto escalão da companhia. No primeiro momento, os governistas fizeram um boicote para impedir que se alcançasse o número de 17 presentes necessário para a votação. Vital, então, deu por encerrada a parte deliberativa da sessão e chamou o funcionário da Petrobras.


A oposição reclamou dizendo que era possível fazer a votação após o depoimento. Apresentou um requerimento pedindo uma sessão extraordinária logo após para realizar as deliberações. Após quase uma hora de um depoimento no qual Figueiredo respondia a todo momento não ter conhecimento sequer das operações da Petrobras com a empresa holandesa SBM, assunto para o qual foi chamado, os parlamentares da oposição anunciaram que como já haviam 17 assinaturas de presença abririam mão de suas perguntas e queriam a votação do pedido de sessão extraordinário.

Vital, então, foi avisado que já havia começado a votação no plenário do Senado. O presidente da CPI, então, anunciou o encerramento imediato da sessão porque o regimento não permite votação em comissão quando há deliberação no plenário. A oposição reagiu aos gritos de “absurdo” e “vergonha”.


O presidente da comissão saiu da sala sem responder aos protestos. Dava entrevista caminhando no corredor próximo da CPI quando parlamentares da oposição o alcançaram e continuaram com os protestos.

— Isso é uma farsa montada pelo governo – gritou Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara.

Vital abandonou a entrevista e entrou no plenário do Senado. Os parlamentares da oposição acusaram o governo de querer impedir avanços nas investigações. Negaram ainda qualquer acordo para evitar a convocação de políticos, como foi anunciado na semana passada.


— O temor de convocações levou a base a fazer isso. Isso prova que não houve acordo e o senador Vital fez o jogo do governo com algum interesse — afirmou Carlos Sampaio (PSDB-SP).


Deputados da oposição insinuaram que a postura de Vital poderia ter como interesse uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), que será aberta na semana que vem com a aposentadoria de José Jorge. Afirmaram que tentarão votar os requerimentos na próxima semana e que vão protocolar um pedido de nova CPI no início dos trabalhos da próxima legislatura, em 1º de fevereiro de 2015.


Para corroborar as acusações de manobra do governo, o deputado Enio Bacci (PDT-RS), da ala independente de seu partido, disse que recebeu telefonemas de sete ou oito parlamentares do governo e de integrantes da cúpula do PDT para que não comparecesse à sessão. Ele se recusou a dar nomes, mas afirmou que a ameaça era de retirá-lo do cargo de titular na comissão.



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