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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Padre continua como funcionário fantasma



06/04/2015 05:05 Sebastião Nogueira

Márcia Abreu


"Não há dúvida de que outras pessoas estão envolvidas, pelo menos os chefes imediatos que por 20 anos não tomaram providência. Isso deve ser um escândalo mundial, não sei se tem em outro país um escândalo desse tamanho”


Fernando Krebs, promotor


O padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, responsável pela Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus em Aparecida de Goiânia, continua na situação de servidor fantasma da Assembleia Legislativa. 

Reportagem exclusiva publicada pelo POPULAR há um mês revelou que o sacerdote não cumpre expediente na Casa há pelo menos 20 anos - desde que foi ordenado padre. Em depoimento à Polícia Civil, ele admitiu a situação irregular (veja quadro).

Uma comissão interna foi criada há 18 dias para apurar a irregularidade, mas o andamento dos trabalhos é mantido a sete chaves. O presidente da Assembleia, Helio de Sousa (DEM), que no mês passado afirmou desconhecer a situação do padre, disse à reportagem na sexta-feira que não sabe em que pé está o trabalho, apesar de ter conversado com os componentes do grupo na semana passada.

“Estive com eles, estão trabalhando. Não sei o que foi feito, se houve alguma oitiva. Vão encaminhar (o documento) ao Ministério Público (de Goiás) e ao Tribunal de Contas (do Estado). Não sei o que tem de concreto”, esquivou-se. Indagado sobre a demora, Helio de Sousa respondeu que há grande volume de documentos para serem analisados.

“Se você tivesse a oportunidade de ver os documentos saberia que não é uma folha nem duas. Entendo que não adianta ter pressa, tem de ser bem feito. Da mesma maneira que vamos ter de aguardar a posição dos órgãos que também vão analisar”, emendou o presidente.

A demora no envio dos documentos compromete o trabalho dos órgãos que vão investigar a situação do padre, caso do MP e TCE. Responsável pela investigação no MP, o promotor Fernando Krebs esteve com o presidente da Assembleia há cerca de duas semanas, quando Helio lhe comunicou que enviaria os dados na sexta-feira passada, o que não ocorreu. “Talvez esteja no gabinete do PGJ (procurador-geral de Justiça, Lauro Nogueira) e ele ainda não tenha me enviado”. O POPULAR não conseguiu contato com Lauro.

Krebs quer saber quem foram os chefes imediatos do padre para ouvi-los. No dia em que instaurou o inquérito, o promotor chegou a dizer, sem dar detalhes, que existem indícios de casos ainda mais graves no Legislativo.

“Não há dúvida de que outras pessoas estão envolvidas, pelo menos os chefes imediatos que por 20 anos não tomaram providência. Isso deve ser um escândalo mundial, não sei se tem em outro país um escândalo desse tamanho”, comentou.

A reportagem tentou contato com padre Luiz Augusto, que não atendeu às chamadas e não respondeu as mensagens deixadas em sua caixa postal até o fechamento desta edição.


Fonte: http://www.opopular.com.br/

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