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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Requentando uma história de monstruosidades


Menina torturada pela patroa agora está com seu pai

Lucélia tinha de 
comer excrementos 
de cachorro

Há 22 dias, Lucélia Rodrigues (foto), 13, está morando com o seu pai, Lourenço da Silva, 34, em Goiânia (GO). “Eu o amo, e vou ficar com ele e meus irmãos”, disse, informa o Estadão. “Eles são sangue do meu sangue.”

Em 2008, as torturas da empresária Sílvia Calabresi à garota chocaram o país. Lucélia trabalhava como doméstica até de madrugada e sofria da Sílvia maus-tratos como lesões na língua feitas com alicate, queimaduras nas nádegas com ferro de passar roupa e afogamentos em tanque. A menina também era forçada a ingerir excrementos e urina de cachorro. Ela contou à polícia que, num dos acessos de raiva da patroa, teve de limpar a sacada do apartamento da empresária com a língua. 

A empresária foi denunciada por um vizinho – o seu marido e os dois filhos nada fizeram para deter a perversidade. Quando a polícia resgatou a menina, em março daquele ano, ela estava amordaçada e amarrada na varada do apartamento da Sílvia (foto abaixo).

Sílvia foi condenada a 14 anos de prisão e a mãe biológica, que é separada de Lourenço, perdeu a guarda da menina.

Como o pai na época não tinha condições financeiras de assumi-la, Lucélia, depois de sete meses em um abrigo de crianças e mulheres vítimas de violência, foi adotada por um casal de pastores da Igreja Batista da Lagoinha, a mesma da celebridade gospel Ana Paula Valadão.

Na ocasião, Veja publicou que Ana Paula tirou proveito da história de horror da menina, apresentando-a em um de seu programas na tv. A cantora gospel fez um veemente desmentido.

Mas a menina parecia estar sendo submetida a uma lavagem cerebral de cunho religioso. Embora tivesse sido vítima de uma maldade sem limites, ela dizia que parte da culpa cabia a ela porque não tinha “Jesus no coração”. Mas que tinha mudado, falava. “Eu me converti e preciso corrigir o meu gênio”. 

Pessoas do Ministério Público que conviveram com a menina por algum tempo garante que ela é uma menina dócil e carinhosa. Mas mesmo se não fosse, criança não precisa se converter à religião alguma para “melhorar de gênio”. 

A empresária Sílvia Calabresi, além da prisão, foi condenada a pagar indenizações por danos morais e por trabalho infantil doméstico. 


Empresário amarrou a menina na
área de serviço de seu apartamento

Joana D'Arc da Silva, mãe de Lucélia, foi acusada de ter dado a menina à empresária para “criar”. Em troca, ela teria obtido pequenas ajudas financeiras e cestas básicas. Mas nada ficou provado, e Joana foi absolvida pela Justiça. No momento, ela disputa a guarda da menina com o pai.

Lucélia passou as férias de julho com o seu pai e seus dois meios-irmãos, um de 16 anos e outro de 12, e com a mãe deles, Ilma Damásio Varanda. “Eu gostei, pedi ao juiz para ficar com eles e o juiz aceitou.”

A família vive da produção e venda de salgadinhos. 

Além das cicatrizes no corpo da menina, ficou o medo da Sílvia. “E tenho medo de ela me matar. Só de pensar nela, fico com a mão suada.” 

A divulgação do nome completo da menina e da foto do rosto foi liberada pelo Juizado de Menores.


Leia mais em http://www.paulopes.com.br

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