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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Indiano que desvendou milagre teve de fugir para Finlândia


Edamaruku Sanal provou que crucifixo
gotejava água infiltrada de um esgoto


O indiano Edamaruku Sanal (foto), 56, se encontra na Finlândia porque, se ficasse em seu país, seria preso por ter mostrado na TV que um crucifixo estava gotejado água de infiltração de esgoto. O "milagre" estava atraindo católicos de toda a Índia, que estavam levando para casa a "água benta".

Com apoio da cúpula da Igreja Católica na Índia, a C&CSF (Catholic & Christian Secular Forum) argumentou que Sanal quis desacreditar a fé cristã e o processou por blasfêmia. Para evitar ser preso até que ocorresse o julgamento do mérito da acusação, o qual poderia confirmar o encarceramento, o cético se prontificou a pagar uma “fiança antecipatória”, mas a Justiça negou.

A polícia chegou a procurar Sanal em sua casa, mas não o encontrou. Recentemente ele participou de um evento em Londres, quando informou que está morando na Finlândia , enquanto seus advogados negociam a sua volta para a Índia sem que seja preso. 

Joseph Dias, da C&CSF, disse que poderá desistir do processo, desde que o cético peça desculpas. O indiano disse que não o fará. 


Água benta vinha de
um esgoto próximo

Dias tem afirmado que a liberdade de expressão de Sanal não lhe dá o direito de menosprezar as crenças religiosas. Formalmente, a Índia é um país laico, mas ainda assim possui uma lei da blasfêmia.

Antes de ser procurado pela polícia, Sanal disse que gostaria que o seu caso chegasse à Suprema Corte, de modo que ele pudesse contestar a validade dessa lei. 

Colin Gonsalves, advogado militante dos direitos humanos, disse que essa lei é incompatível com a pluralidade religiosa da Índia e que, mesmo assim, ela não poderia ser evocada contra Sanal, cujo ato não foi “malicioso” contra a fé cristã.

Gonsalves disse que Sanal, como racionalista, só podia ter a atitude que teve: dar uma explicação não espiritual a um suposto milagre.


Com informação do The Freethinker, entre outras fontes.

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