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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

IGP-M sobe 0,68% em dezembro e fecha ano com alta de 7,82%



Quebras nas safras agrícolas aqui e no exterior pressionaram preços dos alimentos
Em 2013, maior pressão de inflação deverá vir do setor de serviços, prevê FGV


RIO - As quebras das safras agrícolas aqui e no exterior ao longo do ano pressionaram a inflação dos alimentos e fizeram o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) fechar 2012 com variação de 7,82%, mais de dois pontos percentuais acima do índice de 2011, que ficou em 5,10%. Em dezembro, o IGP-M teve alta de 0,68%, ante alta de 0,03% em novembro.

— Agricultura e alimentos foram de longe o grande destaque inflacionário deste ano — resumiu Salomão Quadros, coordenador de Índices da FGV. O câmbio também pesou, mas teve um papel bem menor, segundo ele.

Com uma das piores estiagens em décadas nos Estados Unidos, que afetou principalmente as culturas de milho e soja, e a quebra das safras brasileiras de arros e feijão em grandes regiões produtoras, os preços desses produtos dispararam: a soja encerrou o ano com alta de 67,29% na medição do IGP-M, enquanto os preços do arroz e do feijão carioca avançaram 32,9%. O feijão preto subiu mais ainda, 43,17%.

Embora a tendência agora seja de acomodação nos preços das commodities (soja e milho), como não foi generalizada a alta de alimentos, os itens que perderam preço este ano (caso da carne e do açúcar) podem pressionar a inflação em 2013.

— Podemos ter taxas (de alguns produtos) em desaceleração, mas longe desse recuo ser linear — observou Quadros.

Segundo ele, porém, deverão vir do setor de serviços os focos mais prováveis de alta de preços no próximo ano. Os preços dos serviços, medido dentro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), um dos três índices que compõem o IGP-M, encerraram o ano com alta média de 6,55%, abaixo da alta de 6,89% de 2011.

— Há escassez de mão de obra em todas as áreas e o salário mínimo vai subir 9%. E se a economia acelerar mais este ano, irá pressionar os custos de serviços — disse Quadros.

O resultado é que a inflação ao consumidor (IPC), que no IGP-M teve alta de 5,79% este ano, deve permanecer em patamar muito próximo em 2013, o mesmo acontecendo com o IPCA — o IPCA-15 fechou o ano com alta de 5,78%, lembrou Quadros, observando que com as mudanças na metodologia o indicador de preços aos consumidor da FGV tende agora a ficar muito próximo do índice oficial da inflação medido pelo IBGE.

— Estamos realmente com a inflação próxima de 6%, e será difícil haver convergência para patamar mais próximo do centro da meta. Mas também não vejo risco de a inflação estourar o teto da meta", disse Quadros.

Fonte: O GLOBO

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