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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Mero gigante encontrado na Beira-norte será usado em pesquisas para evitar extinção da espécie



Peixe de 2,5 metros e cerca de 400 quilos foi retirado da água por uma retroescavadeira

Aline Torres
FLORIANÓPOLIS


Cedinho da manhã, o telefone toca. O soldado da Polícia Militar Ambiental anota a ocorrência: “tem uma garoupa gigante na Beira-Mar Norte”. A viatura se desloca para lá. Era um mero. O peixe gigante do Atlântico. Ameaçado de extinção sua pesca é proibida. Motivados pela conservação da espécie, três pesquisadores patrocinados pela Petrobras foram recolher amostras do bicho – o maior encontrado pela equipe em 10 anos.
Rosane Lima/ND
O mero foi retirado da Beira-Mar Norte com apoio da Comcap às 15h

Estudos irão precisar a dimensão do animal, mas estima-se que tenha 2,5 metros e 400 kg. O mero é encontrado nas águas da Flórida a Santa Catarina. 

Numa das línguas indígenas do Brasil, o tupi-guarani, foi batizado de Senhor das Pedras – Itajara – pois abriga- se na escuridão do mar, próximo aos naufrágios, pilares de pontes e rochas. É um solitário.

Para retirar o mero da água, a Polícia Militar Ambiental contou com apoio da Comcap (Companhia de Melhoramentos da Capital): cinco homens, retroescavadeira e caminhão. Histórias de “pescador” foram inevitáveis.

“Eu nunca vi um peixe tão grande, cara”, exclamava Rogério do Nascimento, 34, funcionário da Comcap. Enquanto o colega Reinaldo Cacciatore o amarrava impressionado: “dá para imaginar que um peixe assim vivia aqui?”. Marco Espíndola, 44, rebateu prontamente: “A estaca da ponte Hercílio Luz que sumiu deve estar dentro da barriga dele”. Todos riram, a multidão foi chegando para admirar o gigante, dentes caninos a mostra - devoradores de crustáceos, lagostas e caranguejos.

Posto no caminhão foi encaminhado para o 1° Pelotão da Polícia Militar Ambiental, em Coqueiros. Lá, aguardava a equipe do Projeto Meros do Brasil: o professor da Universidade Federal do Espírito Santo Maurício Hostim, o oceanógrafo Áthila Bertoncini e o biólogo Fabiano Grecco.

Os profissionais monitoram as águas da Bahia, Pernambuco, São Paulo e Santa Catarina desde 2002 - quando foi instituída a lei federal que protege o peixe e multa agressores em até R$ 100 mil – mas, surpreenderam-se com o tamanho do mero, considerado a maior garoupa do Atlântico Sul.

Na avaliação do professor, o animal é uma fêmea, com mais de 20 anos, que aguardava a lua cheia para desovar. A causa da morte será estudada. Não há marca de redes ou ferimentos. A aparência do animal é sadia.
Publicado em 27/12-17:38 por: Aline Torres. 
Atualizado em 27/12-19:16

Fonte: NOTICIAS DO DIA


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